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Capital

Moradores falam de surpresa após sequestro e reclamam de usuários de drogas

Vizinhos de atacadista se dividem entre os que acham região tranquila e os que reclamam de violência

Mirian Machado e Gabrielle Tavares | 28/07/2022 15:45
Viatura do Batalhão de Choque no Bairro Tiradentes próximo de onde aconteceu sequestro. (Foto: Kisie Ainoã)
Viatura do Batalhão de Choque no Bairro Tiradentes próximo de onde aconteceu sequestro. (Foto: Kisie Ainoã)

Moradores do Bairro Tiradentes, onde nesta tarde (28) aconteceu um sequestro que terminou na morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, se surpreenderam com a noticia de que o crime teria iniciado no estacionamento de atacadista na Rua Marques de Lavradio.

A maioria dos moradores da região, onde os bandidos abordaram a vítima, relatam que o bairro é tranquilo e que se sentem seguros. Mas tem gente que reclama da quantidade de usuários de drogas que hoje vivem pelas ruas do bairro.

A aposentada Ana Maria, de 40 anos, contou que nunca imaginou que algo do tipo pudesse acontecer ali. Ela disse que não tem medo desse tipo de coisa, pois parece um lugar seguro.

A mesma opinião compartilha o aposentado José Luiz Couto da Silva, 79, que afirma que só tinha visto esse tipo de crime na televisão. “Aqui ainda é um lugar bom pra morar não é igual Rio de Janeiro e São Paulo”, disse.

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 “Nunca dá para prever essas coisas né, se desse a gente saia cheio de guarda em volta. Se ficar com medo de tudo que a acontece, a gente nem sai de casa”, explicou José Luiz.

Usuários de drogas 

Já o policial aposentado Mario Armoa, de 65 anos, pensa diferente. Para ele, a região é perigosa, pois vê muitos usuários de drogas., principalmente, na praça e em contrapartida não presencia viaturas da polícia circulando pelo bairro.

“Aqui tem muito nóia (usuários de drogas), na pracinha. Ali é cheio e não são moradores de rua não, são tudo bem vestido, malandro. Polícia nunca mais vi na rua, em lugar nenhum, parece que tão tudo de greve, então assim não acho muito seguro”, reclamou.

Moradora há 20 anos ali, a funcionária pública Geslaine Perez Marquete, de 50 anos, reclama dos “pedintes” que frequentemente rodeiam a região. “Não costumo dar porque se não eles marcam a casa e não param de pedir. Observei aumento de 4 anos pra cá. No mercado eles ficam pedindo dinheiro e alimentos”, disse a moradora, eu relatou ainda que a reativação do Cetremi, na saída para Três Lagoas contribuiu para esse aumento.

“Eles vêm dali de manhã e ficam pedindo no sinal aqui que é mais perto, mas eu nunca tive problema porque tenho esses cuidados, fico olhando quem tá em volta, mas sei que já colocaram arma na cara do guarda de madrugada, já assaltaram meu vizinho, já roubaram o carro de uma professora que morava ali na rua de baixo”, detalhou a funcionária pública.

A mesma reclamação é do servidor público Luis Fernando Petraca, 50. “Aqui é tranquilo, nunca tentaram entrar na minha casa, moro aqui há 10 anos, tenho cerca elétrica, mas o maior problema aqui é pedinte, batem toda hora em casa pedindo comida, dinheiro. Vizinhos falaram que já foram assaltados, mas aqui em casa graças a Deus não”, confirmou Petraca.

Latrocínio- Andréia Aquino Flores, de 38 anos, foi morta em casa. Duas funcionárias de Andreia foram abordadas num atacadista na Rua Marquês de Lavradio, levadas até a casa no Residencial Parque Cachoeira, onde estava a patroa – que foi agredida, amarrada e amordaçada. A suspeita é que a causa da morte tenha sido por asfixia, embora a vítima estivesse bastante machucada, com hematomas no rosto, perto dos olhos e testa.

Depois que os criminosos pegaram alguns pertences da vítima, a emprega teria sido obrigada a tirar os assaltantes do local e levá-los até um ponto no Bairro Tiradentes, na mesma região, onde foi libertada.

A polícia investiga se o sufocamento se deu por causa da mordaça usada para calar a mulher ou se ela foi asfixiada propositalmente. Na cena do crime, ela foi encontrada sentada e encostada numa parede.

Funerária saindo de condominio onde Andreia foi morta. (Foto: Kisie Ainoã)
Funerária saindo de condominio onde Andreia foi morta. (Foto: Kisie Ainoã)

* Matéria alterada para correção de informação

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