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Capital

Moradores protestam contra acidentes e cobram redutores de velocidade

Graziela Rezende e Aliny Mary Dias | 02/12/2013 09:19
Moradores querem redução da velocidade e quebra-molas em avenida. Foto: Marcos Ermínio
Moradores querem redução da velocidade e quebra-molas em avenida. Foto: Marcos Ermínio

Moradores de dois bairros de Campo Grande saíram às ruas na manhã desta segunda-feira (2), para protestar quanto à violência no trânsito. Nos locais, eles dizem que o motivo é o mesmo, a alta velocidade por parte dos motoristas, que inclusive acabou em um acidente com morte na semana passada. O protesto teve apoio das autoridades, que deixaram uma ambulância do Corpo de Bombeiros parada no local e viaturas da Bptran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar).

No prolongamento da avenida Nasri Siufi, no cruzamento com a Avenida Conde de Boa Vista, no Jardim Tijuca I, ao menos 15 moradores levaram faixas, cartazes e simularam uma blitz, deixando galhos espalhados na via. “Estamos cansados de tantos acidentes e resolvemos chamar a atenção das autoridades para que alguma atitude seja tomada”, afirma o microempresário Adilson Luiz Beraldo, 51 anos.

Segundo Beraldo, constantemente os condutores passam em alta velocidade em uma avenida onde as crianças passam diariamente para ir à escola. “É muito preocupante”, diz. E o comerciante Paulo Cavalliero, 55, que possui uma garagem próxima da avenida, já é considerado o guardião das carcaças.

Depósito de "carcaças" - “Toda vez que tem um acidente, eles guardam as motos na minha garagem, que já se tornou um depósito. Ontem mesmo, parentes do motociclista que morreu na quinta-feira (28) vieram pegar o veículo. E toda semana tenho que colocar minhas filhas pra dentro para não verem pessoas gemendo no chão”, diz o comerciante.

Já no Jardim Mansur, na rua Felipe Camarão, a indignação é antiga. Há pelo menos quatro anos, moradores reclamam do excesso de velocidade. No entanto, recentemente, os moradores foram avisados que “não há verba para mexer naquela rua”. Estreita, eles gostariam que a rua se tornasse mão única por conta da grande quantidade de acidentes e a instalação de lombadas.

“Fazemos mobilizações constantemente. É horrível viver em um lugar em que não podemos deixar o carro estacionado fora de casa, porque senão ocorre um acidente”, lamenta o professor Silas Fauzi, 31.

Da mesma maneira, comenta o empresário Ronam Bérgamo, 33. “Moro bem na curva, há um ano e meio. Depois de seis meses e muitos acidentes, coloquei o imóvel a venda. No entanto, ele permanece encalhado, por causa dos acidentes”, fala.

Moradores levam faixas e cartazes. Foto: Marcos Ermínio
Moradores levam faixas e cartazes. Foto: Marcos Ermínio
Silas organizou a campanha pelo Facebook para reduzir acidentes (Foto: Marcos Ermínio)
Silas organizou a campanha pelo Facebook para reduzir acidentes (Foto: Marcos Ermínio)
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