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Capital

Morte em lava-jato seria fruto de rivalidade de 9 anos entre famílias

Depois de assassinato de jovem em 2009, sede de vingança resultou na execução de mais três pessoas

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 29/03/2018 11:42
"Guerra” entre as famílias começou em 2009, segundo o delegado Rodrigo Camapum, quando um sobrinho de Flávio foi morto. (Foto: Bruna Kaspary)
"Guerra” entre as famílias começou em 2009, segundo o delegado Rodrigo Camapum, quando um sobrinho de Flávio foi morto. (Foto: Bruna Kaspary)

O assassinato de um jovem há cerca de nove anos, no Bairro Los Angeles, em Campo Grande, gerou sede de vingança e mais três mortes. Flávio Guimarães Fernandes, de 39 anos, morto com quatro tiros, nesta quinta-feira (29), em frente ao lava-jato que trabalhava, no Universitária II, foi o terceiro executado da mesma família.

A “guerra” entre as famílias começou em 2009, segundo o delegado Rodrigo Camapum, quando um sobrinho de Flávio foi morto. Há cinco meses, para vingar a morte do filho, um irmão de Flávio teria tentado matar o suspeito do homicídio, mas também acabou morto.

A terceira morte ocorreu, em seguida, após Flávio “cobrar” a morte de seu irmão. A suspeita é de que, desde o ocorrido, o funcionário do lava-jato passou a ser perseguido.

Testemunhas, moradoras da região, informam que Flávio já teria sofrido um atentado há cerca de um mês, mas que na manhã desta quinta-feira (29) não conseguiu escapar.

“Na ocasião (há seis meses), o irmão parece que estava armado, mas conseguiram tirar o revólver do local do crime. Dias depois, Flávio foi atrás dos assassinos do irmão e agora essas pessoas vieram matá-lo”, disse o delegado.

Ainda não informações sobre os suspeitos, mas um dos filhos de Flávio será interrogado. A Polícia Civil segue na linha de “acerto de contas”.

Crime - Flávio foi atingido por quatro tiros, três nas costas e um na barriga, quando passava em frente ao lava-jato que trabalhava na Rua Odorico Mendes, no Universitária 2. Vítima tinha passagem por homicídio e há seis meses teve o irmão, assassinado.

Testemunhas disseram que ouviram aceleração de motocicleta após cerca de cinco disparos. Um vizinho de 25 anos, que teve a identidade preservada, disse que há cerca de um mês viu Flávio fugindo de um outro atentado no mesmo local. Nesta quinta-feira, vítima estava de folga. O patrão estava dormindo na hora dos disparos e também não sabe o motivo de Flávio ter ido até o local.

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