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Capital

Morto em acidente causado por motorista bêbado voltaria para casa em abril

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 11/02/2013 10:38
Valdemar Miguel de Melo, primo e o colega de trabalho Antônio Pereira Oliveira do jovem morto em acidente estão em choque. (Foto: Simão Nogueira)
Valdemar Miguel de Melo, primo e o colega de trabalho Antônio Pereira Oliveira do jovem morto em acidente estão em choque. (Foto: Simão Nogueira)

Apreensivos e angustiados, parentes e amigos das vítimas do acidente entre uma caminhonete L200 e um táxi, que matou um dos passageiros, aguardavam notícias na Santa Casa. Valdemar Miguel de Melo, 45 anos, primo de José Pedro Alves da Silva Júnior, o jovem morto disse estar em choque. “A gente sai e espera voltar para casa. A família está chocada”. O plano do rapaz morto era ficar até abril em Campo Grande, trabalhando na construção do shopping Bosque das Ipês, na saída para Cuiabá.

José Pedro morreu no local, logo após a batida. Ele estava sentado no banco de trás do táxi que foi atingido pela caminhonete no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Bahia. Com o impacto do acidente, o carro foi arremessado no muro da Secretaria Municipal de Saúde. Além do jovem, ficaram feridos o motorista do táxi Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos e o outro ocupante, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos.

José Pedro e Ramon estavam em Campo Grande há oito dias. Amigos, os dois tinham vindo da cidade de Afogados da Ingazeira, no Pernambuco para trabalhar na construção do shopping Bosque dos Ipês, na saída para Cuiabá.

O motorista que causou o acidente, Diogo Machado Teixeira, 36 anos, está preso na Depac Centro. (Foto: Reprodução/Facebook)
O motorista que causou o acidente, Diogo Machado Teixeira, 36 anos, está preso na Depac Centro. (Foto: Reprodução/Facebook)

José Pedro era ajudante de eletricista e tinha a previsão de trabalhar em Campo Grande até abril. O corpo dele será velado e enterrado na cidade do interior pernambucano, onde ele morava anteriormente com a mãe.

Colega de trabalho, o soldador Antônio Pereira Oliveira, 66 anos, estava à espera de informações sobre o estado de saúde de Ramon, que foi levado para a Santa Casa gravemente ferido. Para a equipe, ele disse que os funcionários da obra estão chocados com a notícia da morte de José Pedro. “Eu fico muito triste com uma atitude tão irresponsável de um motorista”, comentou.

O taxista continua internado na área vermelha do Pronto Socorro do hospital. Segundo o irmão dele, Lourivaldo da Rocha 45 anos, a informação que a família tinha era de que o estado de saúde de Sebastião é grave. O condutor é taxista há 16 anos.

Para a imprensa ele falou que o proprietário do veículo pediu para transferir Sebastião de hospital, mas que a Santa Casa negou até que o paciente esteja estável.

O motorista que causou o acidente, Diogo Machado Teixeira, 36 anos, está preso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e vai responder por homicídio doloso com dolo eventual por ter assumido o risco de matar, dirigir sob efeito de álcool e lesão corporal dolosa em relação ao motorista do táxi e o outro passageiro.

Diogo fez o teste do bafômetro que constatou 0,59 mg/l. A advogada dele, Eliane Potrich nega que o rapaz tivesse ingerido bebida alcoólica e atribui acidente a uma fatalidade. A defesa sustenta que o motorista foi conectar o celular no carregador para telefonar para a mãe e por isso não viu que o semáforo fechou.

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