ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 22º

Capital

MP abre inquérito para investigar falta de acessibilidade em terminais de ônibus

Eduardo Penedo | 03/12/2014 21:46
Os terminais Guaicurus e Morenão tem placas avisando que a entrada e para deficientes. ( Foto: Marcelo Calazans)
Os terminais Guaicurus e Morenão tem placas avisando que a entrada e para deficientes. ( Foto: Marcelo Calazans)

A Promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, responsável pela 67ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campo Grande, abriu inquérito civil para investigar se os terminais de ônibus estão garantindo a plena acessibilidades as pessoas com deficientes. O inquérito civil foi publicada na edição desta quarta-feira(3) no Diário Oficial do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul.

Curiosamente, na mesma data que é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, foi publicado o inquérito civil. A comemoração do dia 3 de dezembro tem como objetivo buscar a ampliação e inclusão dos portadores de necessidades especiais na sociedade.

Segundo a promotora, Jaceguara Passos, a investigação tem como objetivo garantir plena acessibilidade para pessoas com deficiência nos terminais urbanos e estações de embarque de Campo Grande.

Campo Grande possui oito terminais de ônibus, destes oito a reportagem foi até dois deles para verificar com os deficientes físicos se o local é adaptado para atende-los. No Terminal Guaicurus, localizado na Avenida Gury Marques, o acesso ao terminal tem rampas e portas largas com placas explicado que o local é acessível. Os banheiros também são adaptados com barras de segurança.

No terminal Morenão, localizado na Avenida Costa e Silva, também a áreas adaptados para deficientes físicos e banheiros adaptados.

O funcionário público Guilherme Fernandes, 32 anos, que teve paralisia infantil, explica que a falta de respeito é um dos maiores problemas para quem tem alguma deficiência. “ Tem lugares que são destinados para quem tem alguma deficiência e sempre tem gente sentado no local. Nos chegamos perto e as pessoas fingem que estão dormindo só para não dar lugar”, comenta.

Já a estudante universitária Andressa Mendes que é cadeirante comenta que em alguns terminais são até adaptados para quem tem alguma deficiência, mas a maioria está mal conservados e a falta de educação é o maior problema. “ No terminal quase não tem problema, ruim e subir nos ônibus que algumas vezes o motorista não sabe usar direito o elevador. Demora um pouco, mas no final consigo viajar”, comenta.

Em Campo Grande, existe 595 ônibus adaptados, mas 26 deles não têm o elevador.

Legislação- A acessibilidade nos ônibus consta no Decreto presidencial 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamentou as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, sobre prioridade de atendimento, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Publicado no Diário Oficial da União de 3 de dezembro, o decreto estipulou que até 2 de dezembro de 2014 todos os veículos que fazem parte do transporte coletivo urbano e rodoviário estejam dentro da lei.

Pessoas com deficiências reclamam pela falta de respeito da populaçãop em ficar em locais destinados a deficientes.( Foto: Marcelo Calazans)
Pessoas com deficiências reclamam pela falta de respeito da populaçãop em ficar em locais destinados a deficientes.( Foto: Marcelo Calazans)
Nos dois terminais, o banheiro é adaptado, mas é mal conservado.( Foto: Marcelo Calanzans)
Nos dois terminais, o banheiro é adaptado, mas é mal conservado.( Foto: Marcelo Calanzans)
Nos siga no Google Notícias