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Capital

MP cobra que R$ 3,5 milhões do parquímetro sejam enviados ao cofre da prefeitura

Promotor alega que dinheiro está em poder de empresa já sem relação com o poder público

Aline dos Santos | 01/06/2023 12:20
A Metropark explorou por 20 anos o estacionamento rotativo. (Foto: Henrique Kawaminami)
A Metropark explorou por 20 anos o estacionamento rotativo. (Foto: Henrique Kawaminami)

A Justiça foi acionada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para que os R$ 3,5 milhões que não foram devolvidos aos clientes do parquímetro sejam repassados aos cofres municipais. Outra possibilidade apresentada pela promotoria é de que os valores em poder da Metropark Administração Ltda, gestora da Flexpark, vá para uma conta judicial vinculada ao processo.

O requerimento foi levado à 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande no dia 24 de maio. A situação de práticas abusivas foi tratada por meio de uma interpelação à empresa, prefeitura, Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

O promotor Luiz Eduardo Lemos de Almeida pede que poder público e empresas tomem medida, no prazo de 30 dias, para a transferência dos valores, com correção monetária e juros.  A solicitação se justifica “diante da possibilidade de valores referentes à tarifa pública se perderem por, indevida e prolongadamente, ficarem em poder de empresa privada já sem relação alguma com o poder público local, com ofensa à ordem jurídica”. Ainda não houve decisão da Justiça sobre o pedido.

Com o fim do contrato com a Flexpark, que explorou por 20 anos o estacionamento rotativo, as devoluções de valores ao consumidor  seguem acordo firmado com o Ministério Público e continuam sendo realizados, mas não chegam aos milhões  citados.

Em março, a Agetran também acionou a Justiça e pede que a empresa forneça dados bancários de onde estão os R$ 3,5 milhões remanescentes para incluir em futura licitação.

Surpresa – A defesa da Flexpark informa que fez um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) de boa-fé com o Ministério Público e que cumpre o acordo rigorosamente.

“O acordo com o Ministério Público fez a composição de todos os interesses dos consumidores. Aqueles que optarem por utilizarem o crédito quando o estacionamento voltar a operar poderá fazê-lo. A concessionária cumpre o que foi acordado e se surpreende com o Ministério Público adotar postura diferente do que contratou”, afirma o advogado Douglas de Oliveira Santos.

A reportagem solicitou posicionamento da prefeitura sobre o pedido do Ministério Público, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

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