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Capital

Mudar trajeto é rotina para quem vive em região marcada por falta de iluminação

Mulheres evitam ruas escuras e são as que mais fazem queixas da situação por se sentirem vulneráveis à ação de criminosos

Maressa Mendonça | 11/12/2019 18:05
Trecho da Rua Khalil Abraão no bairro Jardim das Nações sem postes de iluminação (Foto: Paulo Francis)
Trecho da Rua Khalil Abraão no bairro Jardim das Nações sem postes de iluminação (Foto: Paulo Francis)

Após às 18h é difícil encontrar moradores caminhando por trechos das Ruas Khalil Abraão, Guensei Shinzato ou Jurivaldo Carneiro Ribeiro na região do Jardim das Nações, em Campo Grande. O motivo é falta de iluminação pública nestes locais que obriga muita gente, especialmente as mulheres, a mudar o trajeto como medida de segurança.

A diarista Luciene de Arruda, de 57 anos, é uma destas mulheres que evita passar por esses trechos. Ela mora no bairro Parati II, na mesma região, há 10 anos e resume a situação como “complicada”. “Não tem iluminação e nem calçada. Isso aqui fica a maior escuridão. É perigoso”, diz.

O trecho exato a que a diarista se refere é onde Eva Lopes Barbosa de Almeida, 53 anos, morreu após ser atropelada. O carro era conduzido por adolescente de 17 anos que estava embriagada.

Diarista Luciene de Arruda aponta para locais escuros (Foto: Paulo Francis)
Diarista Luciene de Arruda aponta para locais escuros (Foto: Paulo Francis)
Ana Lúcia pediu para mudar horário de trabalho para evitar ruas escuras (Foto: Paulo Francis)
Ana Lúcia pediu para mudar horário de trabalho para evitar ruas escuras (Foto: Paulo Francis)

Quem também reclama da falta de iluminação é Mariane de Oliveira Freitas, de 29 anos. “À noite passa carro, moto, mas pessoas à pé sozinhas só se tiverem pedindo para ser assaltadas”.

Elas disseram nunca terem sido vítimas de roubos e atribuem a “sorte” também ao fato de sempre evitarem essas ruas mais escuras.

Medida de precaução mais drástica foi tomada pela estudante de pedagogia Ana Lúcia Lopes Barbosa, de 39 anos que pediu para mudar o horário de entrada e saída do trabalho. Inicialmente, ela foi contratada para atuar de 12h30 até 18h30, mas hoje trabalha de 6h42 até 12h45. “Tinha medo de vir de noite porque é muito escuro. Um breu”, finaliza.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) para saber se há previsão de instalação de postes de luz na região e aguarda resposta.

Somente os faróis de carros ajudam a iluminar trecho de rua (Foto: Adriano Fernandes)
Somente os faróis de carros ajudam a iluminar trecho de rua (Foto: Adriano Fernandes)
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