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Capital

Na 14 de Julho, pedintes intimidam clientes e prejudicam comércios

Comerciantes relataram que a situação está crítica na região e algumas lojas já estão perdendo clientes

Kerolyn Araújo e Bruna Pasche | 02/02/2019 11:47
Comerciantes reclamam da constante presença de usuários de drogas na rua. (Foto: Henrique Kawaminami)
Comerciantes reclamam da constante presença de usuários de drogas na rua. (Foto: Henrique Kawaminami)

A Rua 14 de Julho, a mais famosa do comércio de Campo Grande, vem sofrendo com a grande quantidade de usuários de drogas e pedintes que circulam na região central da cidade. Comerciantes acusam os andarilhos de intimidarem clientes, o que acaba refletindo negativamente nas vendas.

Há mais de 10 anos com uma loja de produtos hospitalares na 14 de Julho, a empresária Darlene Corrêa Montello relatou ao Campo Grande News que, nos últimos dois anos, a situação ficou crítica. Segundo a comerciante, o fluxo de usuários de drogas assusta os clientes que chegam à loja. '“Exaltados, eles intimidam os clientes e não saem de cima até que a pessoa dê dinheiro”, disse.

Uma das preocupações de Darlene é perder vendas por causa da situação. Conforme a empresária, a maioria das pessoas que procura a loja tem algum tipo de limitação e acaba sendo mais vulnerável. Policiamento que, segundo ela, melhoraria a situação, faz falta. “O carro da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) passa todo dia multando, mas não tem da polícia fazendo rondas”, ressaltou.

Comerciante culpa abandono da Orla Ferroviária. (Foto: Henrique Kawaminami)
Comerciante culpa abandono da Orla Ferroviária. (Foto: Henrique Kawaminami)

Dono de uma loja de sapatos há mais de 50 anos, José Corrêa Lima, 77 anos, culpa a Orla Ferroviária pela “invasão” dos usuários na região. “Essa Orla acabou com o comércio. Ali tem muita boca de fumo e nenhum policiamento”, disse.

Vistas como “alvos fáceis”, vendedoras de lojas da região também sofrem com a presença dos usuários. Segundo Yarin Lopes, um deles já teria feito gestos obscenos em frente as lojas. “É um risco que corremos quando ficamos sozinhas”.

Segundo a vendedora, acionar a polícia não resolve. “Chamamos a Polícia Municipal e eles falam que isso é problema da Polícia Militar. Fica um jogo de empurra”, finalizou.

Insegurança - Pelo menos dez lojas da Rua 7 de Setembro, no trecho entre 14 de Julho e Rui Barbosa, na região central de Campo Grande, foram alvos de tentativa de furto na madrugada do dia 24 de janeiro. Os comerciantes acreditam que a tentativa de arrastão foi feita por usuários de drogas.

Para driblar o problema, os empresários estudam contratar um segurança particular.

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