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Capital

Na guerra por segurança, não há barreira para livrar o cidadão do furto

Filipe Prado | 16/09/2015 08:30
Sinto uma impotência total. (...) Não fico tranquilo até hoje”, desabafou Jaques. (Foto: Fernando Antunes)
Sinto uma impotência total. (...) Não fico tranquilo até hoje”, desabafou Jaques. (Foto: Fernando Antunes)

Silenciosos, menos violentos e praticamente invisíveis, os furtos têm crescido em Campo Grande em 2015. Foram 11.244 casos desde o primeiro dia do ano até o dia 10 deste mês. Os crimes causam espanto na população, que não consegue prever os casos e não sabe como se proteger.

Uma grade, três cadeados e um vidro blindex fechavam a academia do empresário Jacques Dias da Silva Luz, 38 anos, no dia 20 de março deste ano. A proteção não foi suficiente para impedir o prejuízo de R$ 5 mil causado pelos bandidos.

Jaques contou que os três cadeados foram cortados e a porta de blindex arrombada, deixando o caminho livre para levar aparelhos eletrônicos e um frigobar. Mesmo com o seguro em dia, o empresário precisou tirar do bolso o dinheiro e ainda instalar sistema de monitoramento e alarma no estabelecimento.

Três meses depois, o furto voltou a ocorrer. Os cadeados foram novamente cortados, porém os bandidos foram espantados pelo alarme da academia. “Nunca tinha acontecido algo comigo e ano passado não tinha alarme”, comentou.

Na casa da autônoma Patrícia Moraes de Oliveira, 28, o prejuízo foi menor, cerca de R$ 2 mil, porém o trauma é o mesmo. Na primeira semana de setembro, ela contou que passou alguns dias na casa da mãe, porque precisou de alguns cuidados médicos.

Os bandidos entraram pela janela da casa de Patrícia (Foto: Direto das Ruas)
Os bandidos entraram pela janela da casa de Patrícia (Foto: Direto das Ruas)

O marido de Patrícia resolveu ir a sua residência na noite do dia 2. Ao entrar sentiu a falta de um umidificador de ar, então resolveu procurar o objeto pela casa, encontrando as roupas reviradas, percebendo o furto de vários outros aparelhos.

Os bandidos conseguiram entrar na casa pela janela do banheiro. Mesmo pequena, eles entraram e depois arrombaram a porta da cozinha, para sair com os objetos, inclusive o motor do portão eletrônico. “Eles pularam pelo muro de trás, consigo ver as marcas dos pés ainda”, apontou Patrícia.

Prejuízos foram considerados pequenos, se comparados os danos causados às vitimas. “Até hoje sou perturbado com isso. Acordo sempre de madrugada. Sinto uma impotência total. Mesmo com câmera, alarme e a grade, não fico tranquilo até hoje”, desabafou Jaques.

A autônoma parou de sair de casa. Ela reveza com o marido, para que a casa não fique mais sem ninguém. Além de colocar um refletor em frente á casa.

Morando há 30 anos na região, o empresário credita a criminalidade crescente população de usuários de drogas. Mas Patrícia acredita que a escuridão do bairro e a falta de policiamento, contribuíram com os crimes.

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