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Capital

Na luta do filho com leucemia, casal cria ONG para dividir apoio e amor

Helton Verão | 03/05/2013 07:48
Kelli, o filho Bruno e o pai Peter hoje tem uma sede e almejam voos maiores como um novo local para 30 pessoas (Foto: Simão Nogueira)
Kelli, o filho Bruno e o pai Peter hoje tem uma sede e almejam voos maiores como um novo local para 30 pessoas (Foto: Simão Nogueira)

Uma família de Campo Grande encontrou na dor e na superação de um câncer no filho de 13 anos a força para criar uma organização não governamental para ajudar moradores do interior e de outros estados na mesma situação.

A ONG, denominado Projeto Alcance, surgiu após Bruno Lucas Fernandes, hoje com 15 anos, ter sido diagnosticado com leucemia linfoide aguda em 2011. Na luta pela vida do filho, o casal, formado pelo vendedor Peter Fernandes, de 34 anos, e pela acadêmica de Psicologia, Keli Fernandes, de 33 anos, conheceu o drama de outros pais e resolveu dividir o amor e carinho com outras famílias na mesma situação.

Criado em 2011, o Projeto Alcance completou dois anos de existência. Com a sede no bairro José Abrão, o objetivo é abrigar familiares de pacientes com câncer. Atualmente, a casa tem capacidade de abrigar sete pessoas.

“A ideia surgiu logo que foi diagnosticado a leucemia com meu filho Bruno, hospedamos, oferecemos todo o carinho que uma família precisa num momento como este. Transformamos a dor em amor”, comenta o Peter.

Com o nome inspirado no termo "Alcançador para alcançar", a ONG foi ganhando aliados, voluntários, doadores e vizinhos da sede. Já ajudou e hospedou 35 famílias desde a fundação.

Gesiane e Nayara puderam matar a saudade de parentes de Rondônia com ajuda do "Alcance" (Foto: Simão Nogueira)
Gesiane e Nayara puderam matar a saudade de parentes de Rondônia com ajuda do "Alcance" (Foto: Simão Nogueira)

O carinho da família - Uma das beneficiadas, Gesiane Prado Torezane, veio de Vilhena, no estado de Rondônia, para tratar a filha, Nayara Prado, de 14 anos. “Sentia muita falta da minha família. Estava chorando muito quando o Peter me abordou para falar do projeto. Assim meu marido, filho, sogra, todos puderam nos visitar, já que no hospital pode ficar apenas a paciente e a mãe”, conta a rodonense.

Nayara está concluindo mais um ciclo de sua quimioterapia e, depois, será submetida a cirurgia. A expectativa de mãe e filha é de retornar a Vilhena em fevereiro do ano que vem. Vindo esporadicamente ao longo dos meses a Campo Grande para manutenção.

Hoje, o filho do casal fundador, Bruno Lucas Fernandes está livre das sessões de quimioterapia e remédios. Ele mantém apenas a manutenção.

Peter e Kelli trabalham de forma voluntária e não recebem nada para administrar a ONG. Com um custo mensal de R$ 3 mil reais, o “Alcance” depende de doações e eventos beneficentes para sobreviver. Um brechó foi criado, onde roupas doadas são vendidas a preços populares e todo valor é repassado ao projeto.

Como ajudarNeste fim de semana, será realizado um “carreteirão” para arrecadar fundos. “Nosso sonho é uma nova sede, que poderá receber até 30 pessoas. O custo seria alto e precisaríamos de três profissionais, psicólogo, assistente social e uma enfermeira”, almeja a esposa.

O ingresso para o carreteiro beneficente custa R$ 8 por pessoa. Com acompanhamento de mandioca e vinagrete. Podendo consumir no local ou levar para viagem.

O Projeto Alcance fica na Rua Rino Levi, 153, no Conjunto José Abrão. Para doações e informações os telefones para contato (67) 9826-2302 e 9149-7492. Também pelo email projetoalcance2011@hotmail.com.

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