Na reabertura do comércio, medo é que o consumidor continue distante
Após duas semanas de portas fechada, comércio volta a atender presencialmente nesta segunda-feira

Nesta segunda-feira (5), primeiro dia de funcionamento normal do comércio de Campo Grande após fim de decreto estadual, o dia foi de reclamar de prejuízos e encontrar alternativas para se recuperar depois desses dias de portas fechadas. O medo, no entanto, é que o cliente continue longe.
“Não podemos pensar que vamos recuperar fácil as pessoas estão com medo, muita gente doente, vai ser difícil recuperar, nessas duas semanas não vendemos nem metade do que venderíamos normalmente, vendemos 40% do que venderíamos normal”, diz Cirlei Mariotti,.
Ela é gerente de loja de cosméticos na 14 de Julho, que atendeu por delivery, drive e depois encontrou uma brecha no decreto para comércios que vendem produtos de higiene pessoal e limpeza, por isso conseguiram abrir. “Abrimos de quinta até domingo, mas o movimento foi fraco. Tivemos bastante entregas, mas não se compara ao valor de venda presencial, de portas abertas”, conta.
Apesar das vendas on-line, há quem fale em perdas pesada. O gerente de uma joalheria localizada na Rua 14 de Julho, Centro, Wilkes de Paula, 29 anos, conta que o fechamento foi bem complicado. “Duas semanas com uma joalheria fechada é um prejuízo de mais de R$ 40 mil, o patrão fecha as portas, mas as contas de luz, água e aluguel continuam”.
Ele explica que nesse período investiu em marketing digital e vendas pelo WhatsApp, mas ainda assim a alternativa não se compara as vendas presenciais. “Temos que chamar a responsabilidade para nós, não adianta se martirizar e é o que seu sempre falo: o empresário que soube guardar e investir trabalhar a gestão financeira não está como deveria, mas não está quebrado”, ele acrescenta que deveriam ser feitas políticas publicas e, inclusive, o aluguel deveria ser cobrado proporcionalmente nesse período de fechamento.
João Vitor Viana Guimarães, 19 anos, gerente de loja de roupa masculina, na Dom Aquino há três anos, conta que o prejuízo foi grande. “Nós ainda não temos tantos clientes on-line muitas lojas conseguiram se manter, mas para gente não surte tanto efeito. A cada dia estamos tentando intensificar mais e tentando melhorar para que, se acontecer de novo [fechamento] o prejuízo seja menor.
“Tivemos queda de 40% nessas duas semanas o on-line para gente foi bem pouco comparado com a venda presencial, agora nós temos que correr atrás, tentar alguns descontos e ver o que dá para fazer, estamos otimistas não podemos desanimar, acredito que nos próximos 5 meses não vão fechar mais“, finaliza.
