ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JULHO, SEGUNDA  21    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Na rua onde motociclista morreu, velocidade e acidentes são recorrentes

Motociclista se chocou no portão da casa da aposentada Dalva Veiga, o quarto acidente que termina em frente ao local

Silvia Frias e Geisy Garnes | 16/02/2020 09:47
Na rua onde motociclista morreu, velocidade e acidentes são recorrentes
Casa fica numa curva da Rua Ada Fraiha Novaes (Foto: Marcos Maluf)

A aposentada Dalva Veiga, 60 anos, terminava de lavar a varanda de casa, no Residencial Búzios, quando ouviu um “barulho muito forte” no portão. Era mais um acidente de trânsito, o 4º que ela se lembra que terminou em frente da residência, este, com a morte do motociclista Mauro Faustino de Oliveira, 38 anos.

O acidente aconteceu por volta das 18h, na Rua Ada Fraiha Novaes. Consta no boletim de ocorrência que o motociclista passou o sábado na casa de amigos quando o irmão foi avisado que Mauro sofreu acidente, foi socorrido e morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Santa Mônica.

A motocicleta de Mauro bateu no meio-fio e o homem foi arremessado, batendo no portão social da casa, a última da rua. A perna dele foi dilacerada e o veículo parou no outro portão, o de elevação.

Assustada, a aposentada pediu socorro aos vizinhos. Segundo ela, o rapaz chegou a balbuciar “Maurício”, o nome do irmão dele.

Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel Urgente) e Corpo de Bombeiros foram acionadas e tentaram reanimar a vítima por cerca de 1h, até que ele foi levado à UPA, quase sem vida.

“Dá um trauma”, disse Dalva, lembrando que naquele horário deveria estar na porta de casa para ir à missa, mas se atrasou por causa da limpeza na varanda. “Parece que Deus me segurou em casa”.

Na frente da casa, os restos da motocicleta e os sapatos de Mauro ficaram pelo chão. Ela foi orientada pela polícia a limpar o portão, manchado com sangue.

Enquanto a aposentada conversava com a reportagem, dois motociclistas passaram em alta velocidade e fazendo cavalinho de pau. Com a mão espalmada em direção a eles, disse “calma, calma, gente, morreu um ontem aqui”.

A aposentada disse que os acidentes são recorrentes na rua por ser uma via extensa e sem sinalização e sempre ouve barulho de freadas bruscas. Há 21 anos morando no bairro, disse que este foi o 4º acidente que terminou no portão da casa, a maioria, relacionado a excesso de velocidade. Um deles, se recorda, teve que reconstruir parte do muro depois que uma mulher bateu a motocicleta.

Os vizinhos vão solicitar à prefeitura para que sejam instalados quebra-molas na via para tentar coibir o excesso de velocidade.

Na rua onde motociclista morreu, velocidade e acidentes são recorrentes
Trinco do portão arrebentou na colisão (Foto: Marcos Maluf)
Nos siga no Google Notícias