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Capital

No dia do aniversário, melhora de bebê intoxicada é presente para os pais

Mãe disse que produto não era mais usado e estava guardado no telhado da casa

Izabela Sanches | 01/08/2019 13:32
Menina está internada na no CTI pediátrico da Santa Casa e quadro de saúde melhorou. (Foto: Divulgação)
Menina está internada na no CTI pediátrico da Santa Casa e quadro de saúde melhorou. (Foto: Divulgação)

Intoxicada com Amitraz, tipo de carrapaticida, uma criança foi internada e intubada, na Santa Casa de Campo Grande, na quarta-feira (31), em estado grave. Nesta quinta-feira (1), dia em que ela completa 2 anos, a melhora no quadro de saúde é o presente para os pais. Ainda assim, o caso deixa um alerta para que as famílias armazenem os “remédios venenosos” de forma correta.

Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, a bebê já está sem sedação, estável, ainda sonolenta. Por telefone, a mãe, Aline de Souza, de 28 anos, relata à reportagem a surpresa com o incidente. Segundo ela, o produto não era mais utilizado, estava guardado no teto da casa. A família, mãe, pai, a criança de dois anos e os dois irmãos de 4 e 6 vivem no Jardim Seminário.

“Eu estava em casa lavando roupa, esse veneno eu tinha comprado petshop, que me orientou a lavar a área com esse veneno, usei e lavei, faz muito tempo, e armazenei no telhado. Meu marido fez uma limpeza e pendurou uma vassoura,no vão da telha e nisso acredito que empurrou e caiu no chão [ o vidro]”, conta.

Quando se deu conta, viu a filha com o carrapaticida nas mãos e sinais de náusea. A criança, então foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino.
A melhora da menina, para ela, é sinal de que ela não ingeriu o produto, mas chegou a aproximá-lo da boca. “Já corri na hora para o pronto-socorro. Ela começou a querer dormir, eu mexia nela e ela acordava”, disse.

“Graças a deus já acordou e foi desentubada. Por mais que a gente cuide, em casa tudo fica no alto, mas infelizmente aconteceu”, comenta. Não há previsão de alta.

Alerta - Diante de episódios assim, principalmente quando crianças estão envolvidas, a recomendação é de atenção máxima. É o que pede quem lida diariamente com intoxicações. Coordenador do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), autarquia ligada à SES (Secretaria Estadual de Saúde), Karyston Adriel afirma que episódios como o da menina de 2 anos ocorrem pelo mesmo motivo: descuido na hora de guardar os produtos.

O Civitox auxilia no diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção dos casos de intoxicação, além de atuar na orientação sobre a toxicidade e riscos das substâncias químicas. “A intoxicação quando é com criança, como a criança não fala, ou o responsável chega sem saber o motivo ou chega dizendo que ingeriu tal coisa, neste caso o responsável chegou falando que foi por carrapaticida”, comenta.

“Esse tipo de produto é parecido com leite. A maioria é um descuido, fica embaixo do armário da pia, fica acessível, a criança se intoxica porque fica acessível. A gente sempre orienta que não deve ficar externo, deve ficar guardado em armário superior, de preferência fechados”, disse.

A orientação aos pais e mães, em caso de incidentes como da menina internada na Santa Casa, é levar imediatamente para o pronto-socorro mais próximo, pois é considerado um caso de urgência em razão dos riscos envolvidos.

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