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Capital

Números dobram, mas movimento indica que Capital perdeu medo da covid

Aglomerações têm sido registradas no Centro e também em bairros, mas difícil é encontrar alguém que confesse sair de casa à toa

Liniker Ribeiro | 15/06/2020 16:37
Números dobram, mas movimento indica que Capital perdeu medo da covid
Pessoas circulando pelo Centro da Capital, nesta segunda-feira; Campo Grande segue como Capital com o pior taxa de isolamento entre as capitais brasileiras (Foto: Kísie Ainoã)

Mais uma vez Campo Grande registrou o pior índice de isolamento entre as capitais brasileiras, apresentando taxa de apenas 45,24%, no último domingo (14). O não cumprimento de orientações feitas pela prefeitura da Capital, como para que as pessoas fiquem em casa, tem impactado no aumento do número de casos confirmados do novo coronavírus na cidade.

Nas últimas 3 semanas, a quantidade de confirmações por semana dobrou, mas pelas ruas, difícil é encontrar alguém que assuma “burlar o sistema”, mesmo que de vez em quando, para sair de casa além do horário de serviço.

“Saindo só para trabalhar ou ir ao mercado”, garante o garçom Gabriel de Almeida, de 20 anos.

Apesar disso, o jovem foi encontrado pela reportagem na região central da Capital - na Rua 14 de Julho - sem máscara. Quando questionado sobre a falta do EPI (Equipamento de Proteção Individual) ele justificou. “Estou sem porque esqueci em casa, mas costumo utilizar”, afirmou.

Números dobram, mas movimento indica que Capital perdeu medo da covid
Gabriel, de 20 anos, afirma não ter medo do novo coronavírus, mas garante se cuidar (Foto: Kísie Ainoã)

Já quanto a ter medo, ou não, de ser contaminado pela doença, assim como outras 3.551 pessoas foram em municípios sul-mato-grossenses, a resposta foi categórica “Não tenho”, respondeu. “Mas porque me cuido, fico só em casa, diferente de outras pessoas. Lá no meu bairro mesmo, você vê aglomeração, pessoas tomando tereré em frente de casa, em barzinho...”, relatou o jovem que é morador do Bairro Santo Amaro.

Andando mais um pouco pelas ruas do Centro, diferente de Gabriel, tem muita gente com medo da covid-19. Pessoas como o repositor Rodrigo Cabreira Dias, de 39 anos.

“Os números começaram a crescer, tenho acompanhado pelo jornal, mas muita gente não está se prevenindo. Eu sim, lavo sempre as mãos, troco de máscara a cada 2 horas, uso álcool em gel e, chegando em casa, sapatos para fora e roupas vão direto para a máquina de lavar”, garante.

Rodrigo afirmou ainda que tem feito de tudo para se isolar. “Moro na região do Bairro Parati, onde tem várias opções de lazer, lanchonetes e assim por diante. Mas só fico em casa, assistindo filme”, pontuou.

Números dobram, mas movimento indica que Capital perdeu medo da covid
Rodrigo tem 39 anos, trabalha como repositor e afirma ter medo da doença e, por isso, toma todos os cuidados possíveis (Foto: Kísie Ainoã)

Eula Paula, de 28 anos, também cita seu receio. “Tenho um filho de dois anos, então uso máscara, álcool em gel e procuro ficar em casa, saio normalmente quando tem alguma coisa para resolver”, afirma.

Até quem tirou um tempinho, nesta segunda-feira, para levar o neto à sorveteria garante ter medo de ser contaminado pelo novo coronavírus. “A doença é fatal”, ressalta o pedreiro José Vitor, de 52 anos. “Sai de casa agora só para andar com ele um pouco, mas estamos nos prevenindo. Tiramos a máscara agora para tomar o sorvete”, complementa.

Estatísticas – Números divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) aponta que, nas últimas semanas, o número de casos confirmados do vírus dobrou, na Capital. Enquanto na 21ª semana foram registradas 189 confirmações de pessoas contaminada, na 24ª a quantidade saltou para 350 em apenas 7 dias. Ao todo, Campo Grande contabiliza  720 infectados.

Isolamento – De acordo com relatório, os bairros que registraram as menores taxas de isolamento na Capital no último domingo (14), foram: Jardim são Conrado (29,20%); Vila Popular (29,80%); Cristo Redentor (30%); Chácara do Lageado e Jardim Noroeste, ambos com 31,80%.

Já os bairros com melhores taxas de isolamento foram: Jardim Bela Vista (71,40); (Jardim Autonomista (61%); Mata do Jacinto (60%); Núcleo Industrial (58,80%) e Vila Planalto (58,50).

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