Obras na Tamandaré não "andam" e na saída para Rochedo erosão ameaça pista


As crateras na região da avenida Tamandaré, abertas pela chuva forte no último dia 26, continuam causando problemas, não só para quem trafega pela região, mas também para o comércio.
Nesta tarde, a prefeitura deveria retomar as obras que estavam paralisadas, mas não havia nenhum funcionário trabalhando.
Apenas a sinalização indicando os reparos e muitos buracos podem ser vistos no local. Em frente ao cemitério Parque das Palmeiras, por exemplo, a obra está parada, só as manilhas para drenagem estão na região.
De acordo com comerciantes e moradores do Bairro São Caetano, os caminhões da empreiteira que faz a obra jogaram terra, passaram rolo compressor e o fim de semana foi de muito pó, a ponto de algumas pessoas terem que pagar funcionários para ficarem jogando água em frente ao comércio e amenizar a situação.
Em frentre a UCDB, a situação é a mesma, ali estão sendo feitas obras de esgoto, abandonadas nesta segunda porque a frente de trabalho da Águas Guariroba para saneamento básico está em outro trecho da via. A erosão que engoliu um veículo na semana do Natal foi aberta justamente em um ponto de galeria de águas pluviais.
Além de não avançar, as obras complicam o trânsito. Depois da universidade, quase em frente a uma loja de materiais de construção, a placa que indica o quebra-molas está no chão. A indicação pode ser vista só para quem desce para o Centro. Quem vai pra sentido bairro, é pego de surpresa e ainda encontra o quebra molas destruído.
"A vista é de muita poeira, desorganização, péssima sinalização e perigo, principalmente para quem dirige à noite", conta o motorista Alciney Souza, de 38 anos que trabalha na região.
Obras - As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) são executadas em parceria para que, ao término, a via tenha rede de esgoto, drenagem e asfalto. A avenida Tamandaré têm problemas desde o cruzamento com a Euler de Azevedo, com muitas placas de asfalto soltas.
Quando as obras começaram a reportagem do Campo Grande News conversou com o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Valtemir Brito, que afirmou que os reparos serão feitos por equipes da empresa Selco, que já atuam no local por conta de obras de drenagem e pavimentação custeadas pelo PAC.
Na noite do dia 24 de dezembro, a maior cratera, localizada após a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), quase “engoliu” um Pálio. Nas proximidades, uma caminhonete e um Uno também caíram em buracos.
Transtornos - José de Lurdes Carvalho, comerciante de 61 anos, há 4 tem um comércio na avenida. Ele conta que esse ano foi o pior, as obras estão há quase 1 mês , fazendo muita sujeira no local e espantando os clientes fiéis de domingo.
Poeira, mesas sujas e buracos acabaram com a distração da clientela do Seu José , que deixou de ganhar pelo menos R$800 nesse fim de semana, por causa da obra que é uma insegurança constante e a conta de luz paga no último mês foi de quase R$300.
"Na beira da calçada do bar, a terra se acumula e se chover, a terra entra no bar e deixa a situação ainda pior", comenta o comerciante.
Outro ponto - Já em frente ao Tênis Clube de Campo Grande, na saída para Rochedo, a Agetran (Agência de Trânsito) sinalizou o local no último sábado. A pista do lado esquerdo, sentido Detran, tem perigo de erosão, o matagal toma conta da avenida e com a água da chuva cede cada vez mais.
Joaquim Vierira, 55 anos é morador do bairro José Abraão e conta que essa via da acesso ao trabalho, onde ele diariamente circula. "Aqui tem problema faz muito tempo, é perigoso, a sinalização tá aí, mas muita gente não se importa e faz ultrapassagem porque não tem sinalização na via. Está perigoso", comenta.
Hoje nossa equipe tentou falar novamente com o Secretário, mas até o fechamento desta reportagem não tivemos retorno.