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Capital

Obras para recuperar cidade ainda não começaram 48h após temporal

Flávia Lima | 07/12/2015 14:13
Asfalto destruído na Avenida Mato Grosso, no Jardim dos Estados (Foto:Fernando Antunes)
Asfalto destruído na Avenida Mato Grosso, no Jardim dos Estados (Foto:Fernando Antunes)
Apenas a limpeza das vias afetadas pela enchente de sábado foi executada. (Foto:Fernando Antunes)
Apenas a limpeza das vias afetadas pela enchente de sábado foi executada. (Foto:Fernando Antunes)

Após 48 horas do temporal que castigou Campo Grande, a prefeitura ainda não deu início as obras de recuperação do asfalto de vários pontos da cidade, nem das encostas de córregos que desabaram. Na maioria dos locais, segundo moradores, os problemas são antigos, como os buracos, que aumentaram e cederam mais devido a força das águas.

Para motoristas e moradores dos pontos mais críticos, a falta de manutenção da via asfáltica é a principal responsável pelas crateras e valas que foram abertas nos últimos dois dias. É o caso da esquina da Rua Dolor Ferreira de Andrade com a Rua Brasil, no Bairro São Francisco, onde os buracos que já existiam no asfalto aumentaram, formando diversas crateras próximas a um quebra-molas.

Para evitar prejuízos mecânicos, os motoristas desavisados, além de reduzir a velocidade, precisam fazer um verdadeiro malabarismo para desviar dos buracos, que ao “esfarelar”, espalharam pedregulhos por toda a via.

Acostumado a trafegar pela rua, já que trabalha em um ponto próximo, o mototaxista Nelson Barbosa conta que as crateras começaram a abrir há pelo menos três meses e que após a chuva de sábado, o trecho ficou intransitável.

Com medo de furar o pneu ou até sofrer uma queda, ele tem desviado o caminho, entrando na Rua Brasil. “Isso aqui está um perigo e nunca veio ninguém aqui da prefeitura para arrumar”, diz.

Outro ponto crítico, na mesma via, é na esquina com a 13 de Junho. No local, uma vala já toma, há mais de um mês, toda a largura da rua. As chuvas pioraram a situação, deixando a vala mais profunda. Para evitar acidentes, os próprios moradores colocaram uma roda de ferro no meio da via.

Na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua Ouro Negro, no Bairro Marcos Roberto, a situação do asfalto causa a indignação do tapeceiro Ubaldino Simões de Lima, que há 18 anos observa a degradação da avenida, que teve seu projeto de revitalização estagnado.

Na esquina onde trabalha, o córrego Segredo transbordou e a água levou parte da pista que margeia o córrego. Segundo o tapeceiro, o problema é antigo e a cada chuva aumenta o trecho da pista desabado.

Até os cavaletes colocados pela prefeitura para sinalizar o problema foram levados pela enxurrada, restando apenas uma peça. “Desde que esse asfalto foi feito nunca houve manutenção. Quando passa caminhão, treme tudo porque está oco debaixo do asfalto. Tenho medo que o resto da via possa ceder a qualquer momento”, diz.

Crateras na Rua Dolor Ferreira de Andrade exigem atenção de motoristas. (Foto:Fernando Antunes)
Crateras na Rua Dolor Ferreira de Andrade exigem atenção de motoristas. (Foto:Fernando Antunes)

Lama - Já no Bairro Cabreúva a situação é a mesma no trecho do asfalto que cedeu da Avenida Ernesto Geisel, levando parte da defensa metálica. Além disso, parte da parede de concreto do Segredo não resistiu a força das águas e desabou.

Na manhã desta segunda-feira (7) não havia nenhum técnico ou maquinário da prefeitura realizando os reparos, apenas equipe da Solurb fazendo a limpeza da via, que ficou tomada pela lama devido ao transbordamento do córrego.

Próximo dali, a lama ainda estava na frente da borracharia localizada na rotatória da Avenida Ernesto Geisel com a Rua Dr. Euler de Azevedo. Segundo proprietário, Rodrigo Sabadin, a limpeza na via começou no sábado. “Foi coisa de minutos, a água subiu muito rápido”, lembra.

Equipes da Solurb também já efetuaram a limpeza no trecho da Via Parque, entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, que ficou interditado por conta da chuva deste sábado.

O córrego que passa ao lado do Parque das Nações Indígenas transbordou, cobrindo a vida de lama, no entanto a região já não apresenta mais sujeira.

Neste domingo, o prefeito Alcides Bernal (PP) disse que planeja decretar situação de emergência devido aos estragos provocados pelas chuvas. Bernal deve ir nesta terça-feira a Brasília para buscar os recursos no Ministério da integração Nacional. Ele ainda não calculou o montante necessário.

O tapeceiro Ubaldino Simões reclama do asfalto da Ernesto Geisel, próximo a Rua Ouro Preto. (Foto:Fernando Antunes)
O tapeceiro Ubaldino Simões reclama do asfalto da Ernesto Geisel, próximo a Rua Ouro Preto. (Foto:Fernando Antunes)
O mototaxista Nelson Barbosa procura evitar trecho da Dolor de Andrade danificado pela chuva. (Foto:Fernando Antunes)
O mototaxista Nelson Barbosa procura evitar trecho da Dolor de Andrade danificado pela chuva. (Foto:Fernando Antunes)
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