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Capital

Ônibus devem ficar sem dinheiro em caixa a partir de 26 de agosto

Paula Vitorino | 15/06/2011 13:38

Medida visa acabar com os constantes assaltos em ônibus da Capital

Diretor da Agetran diz que utilização exclusiva de cartão irá trazer segurnaça e rapidez para transporte. (Foto: Marcelo Victor)
Diretor da Agetran diz que utilização exclusiva de cartão irá trazer segurnaça e rapidez para transporte. (Foto: Marcelo Victor)

Até o dia 26 de agosto, aniversário de Campo Grande, todos os ônibus do transporte coletivo de Campo Grande devem transitar com o caixa “limpo”, sem dinheiro. O pagamento da passagem pelo passageiro, a partir da data, só será aceito por meio do cartão de transporte coletivo.

A medida tem o objetivo de acabar com os constantes assaltos no interior de ônibus. Só nos cinco primeiro meses de 2011 foram registrados cerca de 270 roubos, o que equivale a média de 54 por mês.

A data limite para tirar de circulação o dinheiro dos coletivos foi determinada durante audiência pública na manhã desta quarta-feira (15), na Câmara Municipal, com os vereadores da Comissão Permanente de Segurança Pública e representantes da Prefeitura Municipal, órgãos ligados ao transporte coletivo e MPE (Ministério Público Estadual).

De acordo com o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade, que também representou a Prefeitura Municipal, a data foi proposta pelo MPE e os demais representantes votaram a favor.

“Acreditamos que é um prazo adequado para cumprir as exigências do Ministério Público. A data também é boa porque no feriado tem a tarifa de R$ 1 só no cartão, então já fica mais fácil da população memorizar. No começo devemos ter alguns transtornos, mas é algo necessário”, explica.

A Agetran deve entregar ao MPE um mapa dos 1 mil pontos de venda de cartão do transporte coletivo em Campo Grande. A promotoria irá analisar onde estão esses pontos e se existe alguma região descoberta do serviço, segundo Rudel.

Também deverá ser elaborada uma campanha para informar a população sobre a obrigatoriedade do pagamento com o cartão, desenvolvida em conjunto com setores responsáveis.

Segurança - O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, afirma que “eliminar o dinheiro dos ônibus é a única solução para acabar com ações de ladrões no interior dos coletivos”.

Desde o início deste mês, cerca de 100 policiais militares estão fazendo a segurança dentro dos ônibus. Com as ações, o comandante afirma que houve redução de mais de 80% nos roubos.

Segundo ele, cerca de 73% dos usuários de Campo Grande utilizam o cartão de transporte coletivo. “O restante desses usuários já são suficiente para movimentar uma quantia considerável de dinheiro nos ônibus diariamente”, constata.

O coronel ainda revela que em grandes cidades onde o cartão já é o único meio para o pagamento da tarifa a pratica de roubos nos coletivos foi “reduzida consideravelmente”.

Rapidez - Além de proporcionar maior segurança para o transporte coletivo, o uso exclusivo do cartão irá agilizar o tempo de embarque e viagem nos ônibus.

De acordo com Rudel, um ônibus articulado em horário de pico na Praça Ari Coelho fica parado por cerca de 12 minutos para o embarque dos passageiros. Já com o pagamento via cartão, esse tempo cairia para entre 3 e 5 minutos.

“Muita gente chega como dinheiro, aí tem que dar o troco. Tudo isso demora. Essa redução significará um ganho de quase 10 minutos no tempo de cada viagem. Isso para o usuário faz uma diferença enorme”, destaca.

Para o diretor da Agetran, a agilidade no embarque também representa uma economia para o transporte coletivo, já que um mesmo veículo será capaz de fazer mais viagens ao longo do dia.

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