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Capital

Pacientes reclamam que não conseguem fazer testes de covid-19

Para não dar o falso negativo, os testes rápidos são indicados, preferencialmente, após o 10º dia do início dos sintomas

Viviane Oliveira | 27/06/2020 18:10
Atendimento nesta manhã montado no polo para atender pacientes com suspeita da covid 19 (Foto: Kisie Aionã) 
Atendimento nesta manhã montado no polo para atender pacientes com suspeita da covid 19 (Foto: Kisie Aionã)

Algumas pessoas que procuraram o polo de atendimento a pacientes com suspeita do novo coronavírus (covid-19), instalado no Parque Ayrton Senna, no Bairro Aero Rancho, não conseguiram fazer o teste rápido por não apresentar sintomas há mais de sete dias.

Para não dar o falso negativo, os testes rápidos são indicados, preferencialmente, após o 10º dia do início dos sintomas de síndrome respiratória, como tosse, dificuldade para respirar, congestão nasal e dor de garganta.

Mas a moradora do Bairro Santo Eugênio, a babá Edilene da Rocha, 19 anos, foi uma das que não conseguiu fazer o teste. Com perda do paladar e olfato, tosse e falta de ar desde sexta-feira, diz que foi encaminhada pela equipe para uma UPA fazer hemograma e VHS (exame de sangue muito utilizado para detectar alguma inflamação). “Vou procurar um posto de saúde perto da minha casa para fazer os exames”, disse.

Uma paciente de 41 que pediu para não ter o nome divulgado também não conseguiu fazer o teste na filha de 20 anos. A mulher conta que foi testada positivo para covid-19 nesta sexta-feira ao fazer o exame na clínica onde trabalha. O resultado saiu depois de 24 horas. Preocupada, levou a filha para fazer o teste nesta manhã no polo, mas não conseguiu.

Movimentação de pacientes e de profissioais de saúde na manhã deste sábado (Foto: Kisie Aionã)
Movimentação de pacientes e de profissioais de saúde na manhã deste sábado (Foto: Kisie Aionã)

“Eles explicaram que não tem como fazer agora porque pode dar um falso negativo. O exame tem que ser feito depois de 8 a 10 dias de contato com a pessoa infectada”, explicou. Mesmo assim, a mulher ia procurar uma clínica particular para fazer o exame na filha. "Vou fazer por desencargo".

Coordenador do polo, o médico Vinícius Ladeira Fonseca explicou que são realizados dois testes no local: o de swab (cotonete que coleta amostras no nariz) e o teste rápido (de sangue que faz um furinho no dedo). O primeiro exame vai para o Lacen (Laboratório Central de MS)  e o resultado fica pronto cerca de 7 dias depois. O teste rápido sai em 15 minutos.

O profissional explicou os critérios utilizados para fazer o exame e a escolha dos testes com aplicações diferentes. A questão é que os anticorpos só começam a ser produzidos em torno de sete a 10 dias depois da infecção.

Nos dois primeiros dias, segundo o médico, os testes acabam não pegando, do 3º ao 7° dia, o ideal seria o swab. Já a partir do 8º dia, preferencialmente a partir do 10º, para aumentar a sensibilidade, tem a indicação do teste rápido que fica pronto em 15 minutos. “Tem todo o trabalho de conscientização para a pessoa não fazer o teste no período inadequado e receber o que chamamos de falso negativo”, afirmou.

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