Pai de jovem que atirou na ex já matou a esposa e casou de novo com nome falso
Elio Rocha, pai de Messias Cordeiro, foi preso novamente agora por ter sido flagrado em posse ilegal de arma
O pai de Messias Cordeiro de Lima, 25 anos, preso pela morte de Luan Roberto de Oliveira, 24 anos, e tentativa de homicídio da ex-namorada, Karolina Silva Pereira, 22, já tem passagem pelo assassinato de uma ex-mulher, na década de 1990, e também por identidade falsa. Ele foi preso junto com o filho por ter sido encontrada em sua posse uma arma irregular.
Elio Rocha Dias da Silva, hoje com 63 anos, ajudou o filho a se esconder da polícia depois de ter cometido os crimes e acabou sendo preso agora por porte ilegal de arma, uma espingarda calibre 22, encontrada na chácara onde mora, no Bairro Chácara das Mansões.
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Processo aberto em 2012 por falsidade ideológica conta um pouco da história de Elio, que passou a usar o nome de Elson na década de 80 e mudou seus documentos.
A ação para nulidade de registro de nascimento encaminhada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul revela que, em 3 de outubro de 1980, ele foi até um cartório em Campo Grande e inseriu em sua certidão de nascimento o nome de Elson Rocha Dias da Silva e três anos depois, em janeiro de 1983, alterou sua certidão de casamento para incluir o nome acima citado.
Já em novembro de 1984 e então em outubro de 1987, registrou a paternidade de dois filhos com o nome falso e, em março de 1989, tirou o RG (Registro Geral) em nome de Elson. Já em 1990, ele matou uma ex-mulher e depois de saber que havia mandado de prisão contra si em nome da falsa identidade, acabou indo para a cidade de Ji Paraná, em Rondônia, onde começou a usar seu verdadeiro nome.
Foi então que ele casou novamente e teve três filhos, todos registrados em seu nome de nascimento. O caso só foi descoberto porque em 2011, a mãe desses três últimos filhos o denunciou por violência doméstica e contou que Elio tinha duas identidades. Em busca e apreensão na casa dele, em Campo Grande, a polícia encontrou documentos com os dois nomes.
Pelo homicídio ele foi preso apenas em 2003 e em 2009 entrou em regime condicional. No ano de 2011, foi fichado novamente a acabou ficando preso por violência doméstica.