Para Consórcio Guaicurus, falha que gerou protesto foi atípica
O presidente da empresa culpou o trânsito da Capital por atraso nas linhas de ônibus
O diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende Filho, classificou como atípica a falha no transporte coletivo que levou a protestos de diaristas na manhã da última sexta-feira, no Terminal Morenão, em Campo Grande. As usuárias impediram a entrada e saída de passageiros por estarem há mais de uma hora esperando por condução para o trabalho, mas foram reprimidas pela Guarda Municipal com spray de pimenta.
Rezende afirmou que a situação preocupou a empresa responsável por gerir o transporte público da Capital. “Vamos ficar mais atentos na operação do transporte. Foi algo atípico”, prometeu.
Em dias de feriado, como na sexta-feira, quando foi celebrado Dia da Proclamação da República, a frota em circulação reduz em 30%. Mesmo assim, Rezende atribuiu ao trânsito da capital a culpa pelos atrasos verificados nas linhas de ônibus.
A linha 072, que motivou o protesto, tem como itinerário a Avenida Zahran. “É um grande desafio, porque é uma via congestionada e não tem como expandir”. Segundo Rezende, as intervenções feitas pela prefeitura na rotatória da Rua Joaquim Murtinho devem melhor o fluxo nesta via.
Ações como a implantação de corredores e faixas exclusivas para ônibus também podem melhorar a velocidade dos ônibus do transporte coletivo. “Não dá para compartilhar o trânsito com caçamba de lixo, caminhão, carro e ciclista, porque desse jeito, dificilmente, o transporte coletivo vai atender as necessidade das pessoas, que é ganhar tempo”, explicou o diretor.
Ônibus novo – Em outubro, a empresa entregou 20 ônibus novos para renovação da frota. A previsão é que mais 35 sejam entregues em dezembro. A compra representa investimento de R$ 16,5 milhões. Atualmente, cerca de 500 ônibus atendem o transporte coletivo da Capital.