Para proteção de familiares, almoço tradicional será com "cada um no seu canto"
Por causa da pandemia, o almoço deste ano será com menos gente ao redor da mesa
A manhã de Sexta-Feira Santa, dia que simboliza a morte de Jesus Cristo, foi movimentada nas peixarias de Campo Grande. Porém, o isolamento social para tentar conter a disseminação do novo coronavírus (covid-19) mudou o almoço tradicional das famílias, ou em boa parte delas.
“Sem aglomeração e sem a presença dos pais, que são idosos”, disse o técnico de telecomunicações Erfersson Ferreira Gonçalves, 44 anos. Levando para a casa um pacu e um pintado na peixaria do Mercadão, Erfersson disse que neste ano o dia especial não terá a presença dos pais. Eles têm problemas de saúde e fazem parte do grupo de risco. “Vamos preservá-los. O almoço será só para a família: eu, a esposa e as duas filhas”, contou.
O dia será diferente também na casa da funcionária pública Luciene Vargas, 46 anos. “A gente fazia almoço comunitário. Cada um levava um prato diferente e todos se reuniam na casa da minha mãe. Sempre foi assim, tradição que foi passando de geração em geração. Só que pela primeira vez vamos fazer diferente. Agora será cada um em sua casa. Vou celebrar a Sexta-Feira da Paixão só com o marido e os meus três filhos”, disse. O cardápio terá pacu assado, tilápia e costelinha de pacu frita.
“É triste, mas precisamos manter a distância e seguir à risca as orientações dos órgão de saúde até tudo isso passar. Estamos com o coração apertado, mas temos que entender que estamos passando por um momento crítico. Se Deus quiser, logo vamos nos reunir em outras datas”, afirmou.
Compartilha da mesma opinião a serviços gerais Laura Maythe. Na casa dela, o almoço será para os que moram juntos, esposo e os seis filho. “Neste ano, vai ser cada um no seu canto. Não vai dar para passar com os familiares. Vou fazer peixe frito e assado”, pontuou.