Pastor encontrado em rio não tinha sinais de violência, aponta laudo
O delegado disse que ainda há hipótese de que a vítima tenha morrido após ter caído no rio
O laudo necroscópico apontou que o pastor Valdenei Lopes de Sousa, de 28 anos, não sofreu violência. O corpo dele foi encontrado no dia 26 de agosto do ano passado, no Rio Anhanduí, no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rua Rachel de Queiroz, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. “Não tinha lesões no corpo, que configura homicídio”, disse o delegado Rodolfo Daltro, da 5ª DP.
Segundo a polícia, Valdenei era dependente químico e, antes de ser encontrado morto, foi visto nesse trecho, frequentado por usuários de drogas. “Ainda estamos em diligências para encontrar um homem que foi visto com ele usando entorpecente. Queremos saber se ele viu alguma coisa”. O delegado disse que ainda há hipótese de que a vítima tenha morrido após ter caído no rio.
Sumiço - O pastor era procurado desde a noite do dia 23 de agosto, uma segunda-feira. Por volta das 19 horas, saiu de casa para ir até a igreja, onde iria se encontrar com outros fiéis em um grupo de orações, mas nem chegou ao local. A última notícia que a família teve foi de que Valdenei havia sido visto justamente nos arredores do Bairro Aero Rancho, onde foi localizado morto três dias depois.
O corpo estava boiando no rio. A família foi avisada, chegou ao local antes da polícia e reconheceu a vítima. No momento em que desapareceu, o pastor usava uma camiseta do São Paulo, calça preta de tecido e chinelo de dedo azul, mas ele foi encontrado apenas de cueca. Na época, a família descartou a possibilidade de suicídio. Também afirmou que o pastor nunca foi usuário de drogas, alcoólatra ou tinha desavenças com alguém.