Pelo segundo dia manifestantes vão às ruas em apoio aos caminhoneiros
Vestidos de verde e amarelo eles pretendem ir até a frente do Comando Militar do Oeste
Pelo segundo dia seguido, manifestantes dos grupos Vem Pra Rua e Ato Popular foram às ruas de Campo Grande em apoio a greve dos caminhoneiros. Concentrados na Avenida Afonso Pena no cruzamento com a Rua 14 de Julho, o grupo pretende ir até a frente do CMO (Comando Militar do Oeste). Os manifestantes esperam atrair um número ainda maior do que o de domingo, que estimam ter contado com a participação de 3 mil pessoas.
Caminhões, carros e motocicletas com buzinas já deixaram o local em direção ao CMO. Os manifestantes, no entanto, pretendem deixar a Afonso Pena apenas 18h, em razão do fim do expediente, na esperança de atrair mais pessoas.
Para o cantor Antônio Carlos Oviedo, 30, um dos organizadores, a motivação “vem da revolta”. Ele faz bicos como caminhoneiro e declarou conhecer a rotina da profissão.
“O que me move é a revolta da situação do Brasil e a reivindicação dos caminhoneiros. Em relação às medidas provisórias foram vitórias mas o movimento continua forte porque não é suficiente”. Para o cantor, o limite de 60 dias para a diminuição do diese, proposta pelo presidente Michel Temer (MDB), não é suficiente e o movimento exige uma proposta definitiva, além da diminuição no preço de outros combustíveis.
O entregador de pizza, 24, Rafael Gonçalves também participa porque declara ser um “apaixonado pelo Brasil”. “É um movimento importante porque dessa vez o foco do brasileiro está sendo diferente daquela entrega à paixão pelo carnaval e futebol,. Espero que com a copa não haja mudança de foco. Eu acho que vai unir a paixão desse movimento com a paixão pela copa do mundo. Quem não der atenção ao movimento é um sinal que não é inteligente”, afirmou.
Um casal de jovens também aderiu à manifestação pela primeira vez. Luciano Gonçalves, 22, explicou que sempre acompanhava pela televisão, mas decidiram participar nesta segunda-feira. “Estamos aqui porque queremos nos unir a essa força para ter um país melhor”, declarou.
O funcionários dos Correios, Alexandre de Menezes, 35, explicou que sempre participa dos movimentos. “Porque penso em mim, em você, em todo mundo e na minha filha de 9 anos, e também luto por um Brasil melhor. É um movimento importante de apoio aos irmãos caminhoneiros”, disse.