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Capital

Polícia federal encontra 650 mil dólares e droga em aeronave doada para os bombeiros

Angela Kempfer e Jorge Almoas | 21/12/2010 18:35
Aviões apreendidos em agosto deste ano, no interior de São Paulo (Arquivo/PF)
Aviões apreendidos em agosto deste ano, no interior de São Paulo (Arquivo/PF)

Em vistoria na tarde de hoje em aeronave doada ao Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, a Polícia Federal encontrou 100 gramas de maconha e 650 mil dólares. A corporação havia solicitado a doação permanente do avião e por conta desse processo, a Justiça Federal determinou a perícia, que ocorreu nesta terça.

“Foi uma surpresa”, diz o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Ociel Ortiz. Segundo ele,duas aeronaves Baron foram cedidas há cerca de 60 dias e estavam paradas desde então no Aeroporto Internacional de Campo Grande e outra no aeroporto Teruel.

Ele não soube dizer em que parte do avião foram encontrados a droga e o dinheiro, mas diz ter certeza que “já estavam lá quando as aeronaves foram trazidas para Mato Grosso do Sul”.

Os aviões têm capacidade para 4 passageiros mais o piloto e foram apreendidas no dia 25 de agosto, com 44 quilos de cocaína, durante operação no interior de São Paulo, com o traficante Mario Sérgio Arias, 53, conhecido como Panelão. Ele é acusado de chefiar esquema que movimentava até uma tonelada de cocaína por mês no Brasil, a maior parte com entrada pelas cidades de Ponta Porã e Corumbá. As drogas iam para São Paulo, Minas e Paraná.

O Corpo de Bombeiros é fiel depositário dos aviões, mas nunca usou em qualquer ação, diz o comandante. “Só vieram de lá para cá e ficaram paradas”. A corporação tentava a doação definitiva. "Para desenvolver ações especiais, como transporte de tropa e resgates", diz o comandante. "Não tem menor possibilidade de envolvimento de alguém da corporação nesse caso", afirma, apesar de ressaltar que a guarda das aeronaves era responsabilidade exclusiva dos bombeiros.

Bandidos- Arias era apontado como um dos representantes paulistas da facção criminosa Comando Vermelho, que atua no Rio.

O traficante é considerado um dos maiores criminosos do Brasil. Três meses depois da prisão dele, foram pegos também Marcos Júlio Knorre, 42, piloto de avião, e de João Marcos Rolim, 38, genro de Arias.

Eles foram flagrados no hangar de uma empresa de táxi aéreo, em um condomínio de alto padrão na Vila Eldorado, em Atibaia (SP), com 42 quilos de cocaína. No total, foram apreendidas três aeronaves da quadrilha, mas apenas 2 foram doadas a MS.

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