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Capital

PF estuda novo pedido de prisão preventiva de alguns investigados

Paulo Yafusso | 13/05/2016 16:10
Material apreendido na Operação Fazendas de Lama está sendo periciado pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (Foto: Fernando Antunes)
Material apreendido na Operação Fazendas de Lama está sendo periciado pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (Foto: Fernando Antunes)

A PF (Polícia Federal) não descarta a possibilidade de pedir a conversão da prisão temporária em preventiva de alguns dos presos na Operação Fazendas de Lama, deflagrada no último dia 10. Ela havia entrado com o pedido de preventiva de alguns dos alvos desta segunda fase da Lama Asfáltica, mas a justiça federal acompanhou a manifestação do MPF (Ministério Público Federal), de opinou pela concessão apenas da temporária e para todos.

Na primeira fase da Lama Asfáltica, em 9 de julho do ano passado, a PF havia solicitado a prisão preventiva de 8 alvos da operação, mas o juiz da 5ª Vara Federal, Dalton Igor Kita Conrado negou o pedido e durante a ação só ocorreram cumprimentos de mandados de busca e apreensão.

Para a Fazendas de Lama foram expedidos mandados de prisão de 15 pessoas: João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, sócia de Amorim, as filhas dele, Renata Amorim Agnoletto, Ana Paula Amorim Dolzan e Ana Lúcia Amorim; Edson Giroto, ex-secretário estadual de Obras, a mulher dele, Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto; Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, servidor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), a filha dele, Mariane Mariano de Oliveira; Ana Cristina Pereira da Silva; André Luiz Cance, ex-secretário estadual Adjunto de Fazenda; Flávio Henrique Garcia Scrocchio, empresário preso em Tanabi (SP), Evaldo Furrer Matos, de Rio Negro; Maria Vilma Casanova, ex-presidente da Agesul e Hélio Yudi Komiyama, servidor da Agesul.

Das oito mulheres presas, conseguiram autorização judicial para cumprir a temporária em regime domiciliar Rachel Giroto, Elza Cristina Araújo dos Santos e Mariane Mariano de Oliveira. No caso de Rachel, o advogado Valeriano Fontoura apresentou como argumento para conseguir o benefício o fato de que, por ser advogada, ela tem prerrogativas e não há cela adequada para onde poderia ser recolhida. Rachel chegou a ser levada para o PME (Presídio Militar Estadual) no final da tarde do dia da operação, e a meia noite e quinze minutos do dia 11 foi para o regime domiciliar.

Outra justificativa apresentada pelo advogado é de que ela tem filha de sete anos que está sob sua tutela e por isso precisaria estar junto da menina. Os advogados das outras presas não falaram sobre o assunto, mas tudo indica que o fato de terem filhos menores também serviu para a concessão da prisão domiciliar. Elza Cristina passou por gravidez de risco e teve filho recentemente. Mariane Mariano teve filho há 20 dias.

Dos sete homens presos, todos continuam recolhidos na Denar (Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos) e o restante das mulheres, entre elas as filhas do empresário João Amorim, estão recolhidas na 3ª Delegacia, no bairro Carandá.

Na Operação Fazendas de Lama foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 mandados de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens. No total foram mobilizados para esta ação 201 policiais federais, 28 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e 44 da Receita Federal. Nesta fase, a investigação está relacionada a lavagem de dinheiro.

As investigações estão relacionadas a desvio de recursos federais, na execução de obras em rodovias no Estado. Os investigados são suspeitos de fazerem parte de uma organização que fraudava licitações e obtinha dinheiro de forma ilícita, mediante pagamentos às empreiteiras por serviços não executados ou feitos com qualidade inferior ao que foi contratado.

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