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Capital

Piolho é problema que mães voltam a enfrentar após retorno de aulas presenciais

Incidência aumentou expressivamente nas escolas e nos consultórios, revela pediatra

Karine Alencar | 02/05/2022 16:27
Piolho é problema que mães voltam a enfrentar após retorno de aulas presenciais
Piolhos arrancados por uma mãe e colocados em um pano branco. (Foto: Arquivo)

Assim como a correria diária, muita disciplina e lições de casa, a infestação de piolhos é uma luta que as mães estão tendo de enfrentar desde que as aulas retornaram na modalidade 100% presencial, tanto no ensino público como no particular.

Segundo o pediatra neonatologista Pedro Amaral, a incidência de casos aumentou expressivamente nas escolas e nos consultórios, ocasionada não só pela convivência, como pelas condições climáticas do período.

"Essa é uma doença um tanto sazonal, temos condições de temperaturas que favorecem os bichos, como episódios de mais ventos, com isso, a gente também tem uma disseminação maior do piolho", explica o médico, tendo em vista que os parasitas são levados pelo vento e, consequentemente, passando de uma cabeça para outra.

A infestação do bicho pode acontecer em qualquer idade, mas principalmente entre crianças de três a 10 anos. Por isso, o cuidado supervisionados às madeixas dos pequenos é extremamente indispensável.

Além da limpeza com o pente-fino, o especialista recomenda o uso de vermífugos via oral para expelir e acabar com a presença dos insetos, desde o piolho até os ovos, (lêndeas) que eles deixam nos fios.

"Lembrando que é importante a criança tomar vitaminas, ter um calendário vacinal adequado aumentando essa resposta imunológica. Como piolho é um bicho, também são necessários aqueles os cuidados de higiene, principalmente em quem tem o cabelo comprido. A lavagem diária é muito importante, bem como os produtos adequados para a idade", afirma.

Piolho é problema que mães voltam a enfrentar após retorno de aulas presenciais
Mãe olhando cabeça da criança. (Foto: Direto das Ruas)

A designer de sobrancelhas de 36 anos, que não terá identidade revelada pela reportagem, conta que o combate contra o inseto na cabecinha da filha de 6 anos é uma luta recorrente que está mais intensa agora, três meses após a filha voltar a frequentar o ambiente escolar.

"Ela chega com piolho direto, a gente sabe que é normal, mas é uma luta diária, porque mesmo sendo recorrente, temos que limpar e acabar com todos. Eu tenho que dar vermífugo e passo pente-fino de manhã e a noite. Sempre mando manipular um remédio também na farmácia, assim eu consigo deixar o cabelo dela limpo", revela.

Em uma escola da Capital, a diretora até chegou a mandar inúmeros recados no grupo de mães, chamando atenção para que o controle seja feito regularmente.

"Pessoal, passando aqui para lembrá-los que amanhã, sexta-feira não haverá aula. Conforme bilhete na semana passada e comunicado na frente da unidade, aproveitem esses dias para olharem as cabecinhas das crianças, estamos com várias crianças com muito piolho, eles provocam doenças", alertou.

Piolho é problema que mães voltam a enfrentar após retorno de aulas presenciais
Diretora de escola da Capital faz alerta aos pais. (Foto: Direto das Ruas)

Os principais sintomas podem ser vistos quando as crianças coçam muito o couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo chegar ao pescoço e tronco.

É importante observar também se há pontos avermelhados como picadas de mosquitos na região mencionada.

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