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Capital

PM reformado preso em operação contra o tráfico cumpre pena por homicídio

No total, três homens e cinco mulheres foram presos durante a operação contra o tráfico de drogas

Viviane Oliveira | 20/10/2021 11:36
Drogas e bebidas encontradas em fundo falso foram apreendidas pela equipe da Operação Ouro Branco(Foto: divulgação)
Drogas e bebidas encontradas em fundo falso foram apreendidas pela equipe da Operação Ouro Branco(Foto: divulgação)

O policial militar reformado Carlos Alberto Rocha, 57 anos, preso na Operação Ouro Branco, deflagrada pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) na segunda-feira (18) contra o tráfico de drogas, cumpre pena no semiaberto por homicídio.

Além dele, foram presos durante ação o agente penitenciário Emerson Adolfo Scipião, 38 anos, Ronaldo Aparecido Paulo de Souza, 40 anos, a mulher dele, Lorrana Fernandez, 21 anos, Paola dos Santos Correia, 19 anos, Drielly Ferreira Fim, 27 anos, Daiane Ferreira Fim, 31 anos e Karina Fernandez, 23 anos.

Eles são investigados por abastecer o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, com bebidas, drogas e celulares. Para entrar com os produtos no presídio do Complexo Penal do Jardim Noroeste, o grupo usava o caminhão de lixo da unidade. Ronaldo cumpre pena na penitenciária.

Investigação - Durante a investigação, os policiais flagraram o momento em que Ronaldo saiu da Máxima dirigindo o trator com um reboque de madeira usado no transporte de lixo da unidade. Escoltado por Emerson, ele atravessou a rua e foi até os containers da Solurb. Enquanto o interno descarregava os sacos, a equipe observou a presença do PM reformado.

Ele aproximou-se dos dois e assumiu a posição de “vigia” do crime. Com o aval dele, diversos produtos retirados do container começaram a ser colocados dentro do reboque de madeira. Garrafas com bebidas alcoólicas, porções de maconha, cocaína e celulares foram encontrados em fundo falso.

Os três foram presos em flagrante. Para tirar os produtos com “facilidade”, as garrafas e tabletes de droga eram amarradas umas às outras, bastava puxar a corda. Com a prisão dos homens, a polícia descobriu o envolvimento das mulheres, que faziam o papel de fornecedoras. O agente penitenciário negou o envolvimento com o crime afirmando desconhecer que havia droga no trator.

Condenação - O policial reformado, conhecido como Rocha, foi condenado a 12 anos de prisão por matar a tiros João Victor Gomes Rosa, 21 anos, durante briga de trânsito, em agosto de 2016, no município de Rio Verde de Mato Grosso.

Em depoimento à polícia, Rocha negou envolvimento com tráfico de drogas levado para dentro do presídio. Ele disse que há dois anos cumpre a pena no regime semiaberto no Presídio Militar. Durante o dia, fica na parte externa da penitenciária fazendo faxina, além de organizar projeto social em campo de futebol que fica ao lado. Ele contou ainda que no momento do flagrante apenas conversava com o agente penitenciário e o interno Ronaldo.

Rocha serviu a Polícia Militar por mais de 22 anos e também foi investigado pela morte do adolescente Luiz Henrique da Silva Santos, de 17 anos, assassinado a tiros em 2013, durante uma perseguição em São Gabriel do Oeste. Por esse caso, ele foi absolvido por agir em legítima defesa.

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