Polícia coloca sob sigilo investigações da execução de envolvido em jogatina
Na segunda-feira, o inquérito policial já totalizava 200 páginas
As investigações sobre a execução de Andrey Galileu Cunha, morto a tiros na última quinta-feira em Campo Grande, agora correm sob sigilo. “O sigilo é necessário para as investigações. Sigilo é sigilo, não posso dizer mais nada”, salienta o delegado Wellington de Oliveira, responsável pelo caso.
Nesta semana, a polícia ouve depoimentos de parentes da vítima e testemunhas. Na segunda-feira, o inquérito já totalizava 200 páginas. Na ocasião, o delegado frisou que tudo indica que os atiradores não eram profissionais da pistolagem, pois, entre outras características, não utilizaram pistola.
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Vídeo da câmera de vigilância de um comércio mostra uma dupla, numa motocicleta, seguindo o Siena, carro onde estava a vítima. A dupla mantinha uma curta distância do veículo.
Andrey, de 31 anos, foi morto com três tiros na tarde da última quinta-feira, na rua Rio Grande do Sul, em frente a um colégio, no Jardim dos Estados. Com o semáforo fechado, um motociclista se aproximou e começou a disparar. Pedro Lauro de Castro Gonçalves, de 36 anos, também foi baleado, mas sobreviveu.
À polícia, Pedro afirmou que trabalha como corretor de imóveis e os dois voltavam de uma negociação da venda de um posto de combustíveis, na avenida Coronel Antonino. Ambos têm antecedentes criminais ligados à jogatina. Pedro Lauro foi preso em janeiro, quando a polícia fechou uma casa de caça-níqueis que mantinha.
Em 2007, Andrey foi preso na operação Xeque-Mate, realizada pela PF (Polícia Federal). À época, foi divulgado que ele fez acordo de delação premiada, ou seja, um acordo com a Justiça para passar informações.
Após o atentando, a advogada Kátia Maria Cardoso, que representava Andrey nos processos na Justiça Federal, negou que ele tenha aceito o acordo. Em maio de 2009, ele voltou a ser preso; desta vez na operação Las Vegas.
Andrey foi acusado de ser sócio do ex-major da reserva da PM (Polícia Militar), Sérgio Roberto Carvalho, na montagem dos cassinos. Em 2008, a polícia estourou dois cassinos, no Jardim dos Estados, que seriam comandados por Andrey.
Veja abaixo o vídeo com imagens da motocicleta seguindo o Siena