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Capital

Prefeito se reúne com igreja e garante que não haverá demolição na área

Comunidade católica da Igreja Nossa Senhora das Graças está localizada em área pertencente a prefeitura

Paulo Nonato de Souza e Yarima Mecchi | 31/05/2017 12:40
Prefeito se reuniu com representantes da igreja hoje .(Foto: Yarima Mecchi)
Prefeito se reuniu com representantes da igreja hoje .(Foto: Yarima Mecchi)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), declarou nesta quarta-feira, 31, que a prefeitura não pretende demolir nem realizar desocupações em nenhuma das 2,5 mil áreas em processo de desafetação (ato pelo qual se desfaz um vínculo jurídico), considerando que todas as áreas catalogadas possuem permissão de uso com base na Lei 4.114, de 8 de dezembro de 2003, sancionada pelo então prefeito André Puccinelli (PMDB).

“Não são áreas invadidas e não vamos demolir, colocar máquina nem faremos desocupações”, declarou Marquinhos Trad, durante reunião com representantes da comunidade católica da Igreja Nossa Senhora das Graças, que ocupa uma área da prefeitura no bairro Jardim Vilas Boas, avaliada em R$ 1,445 milhão. O Campo Grande News tem acompanhado o caso, que ganhou repercussão no último final de semana.

Pela lei, a Prefeitura de Campo Grande ficou autorizada a desafetar diversas áreas públicas, entre as quais os quatro terrenos onde estão as instalações da Igreja Nossa Senhora das Graças, uma área de 2.121,73 metros quadrados.

Segundo Marquinhos, a prefeitura irá agir conforme a lei e por isso convocou os representantes da igreja para conversar e buscar o entendimento sobre a área. “Estamos notificamos todos que estão nessa situação, e quem estiver na área terá prioridade para a compra”, ressaltou o prefeito.

No encontro desta quarta-feira com Marcos Vieira, do Conselho Pastoral Comunitário, e o Frei Oscar Lagni, da Comunidade Nossa Senhora das Graças, mais a advogada da igreja, Janaina Melo Costa, o prefeito ouviu que a igreja não tem condições financeiras para bancar a compra da área.

“Temos a palavra do prefeito de que não haverá desocupação nem demolição, e estamos saindo da reunião com alegria e esperança de continuar os trabalhos no local. Hoje não temos condições, mas vamos trabalhar pelo meios legais para conseguir comprar a área”, afirmou o Frei Oscar Lagni.

O Frei revelou já ter ouvido do Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, que a igreja não tem R$ 1,445 milhão para pagar pela área. “Agora é tempo de sentar e refletir sobre qual a melhor proposta. Se alguém quiser doar ou emprestar, nós aceitamos”, ressaltou. “Vamos fazer uma proposta de permuta. A ideia é propor terrenos da igreja em troca dessa área”, declarou a advogada Janaina Melo Costa.

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