ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Prefeitura notifica empresa que construiu piso tátil em ziguezague

Obra é da administração municipal e prejudica o trajeto de pessoas com deficiência visual no Parque dos Poderes

Izabela Sanchez | 10/08/2018 15:21
Mauro Éder Martins é cego há 46 anos e relatou dificuldades ao passar pela calçada (Mirian Machado)
Mauro Éder Martins é cego há 46 anos e relatou dificuldades ao passar pela calçada (Mirian Machado)

Uma calçada com formato em ziguezague foi construída na Rua Delegado Osmar de Camargo, no Parque dos Poderes, e gera curiosidade. Ainda assim, o piso tátil instalado, que deveria auxiliar pessoas com deficiência visual, é motivo de reclamações, já que dificulta o trajeto.

A calçada faz parte das obras de drenagem e pavimentação na região do Parque dos Poderes e integra o complexo Mata do Jacinto etapa A. A Prefeitura afirmou que a Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) já notificou a empresa responsável para que realize as alterações necessárias.

Mauro Éder Martins é cego há 46 anos. Ele explicou ao Campo Grande News que a calçada representa dificuldades. “O que eu analisei aqui foi a pista, ela tem um ziguezague, ou seja, um desvios, muito fechados, dificulta muito pra gente, principalmente no lugar onde a gente não conhece”.

“Porque o certo não é andar em cima da pista assim, o correto é ao lado da pista. Muita gente acha que a gente tem que andar em cima: não. A pista tátil ela foi feita pra gente identificar com a ponta da bengala”, comentou.

Ele explicou que há risco de lesões ao andar pelo local. Conforme relatou, a cidade ainda é pouco preparada para os cegos. “Hoje a gente sabe que tem a pista tátil, mas a gente não pode confiar mais na pista porque a gente vai encontrar obstáculo em cima. Como é uma lei, da acessibilidade, então as pessoas fazem, eu creio que com a melhor das intenções, mas, tecnicamente, algumas pessoas fazem de forma errada”, contou.

Nos siga no Google Notícias