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Capital

Prefeitura suspende licitações para obra milionária no rio Anhanduí

Aline dos Santos | 08/05/2017 08:00
Erosão avança sobre asfalto da avenida Ernesto Geisel. (Foto: Alcides Neto)
Erosão avança sobre asfalto da avenida Ernesto Geisel. (Foto: Alcides Neto)

Após ser adiadas por quase um mês, as três licitações para obras de até R$ 57,6 milhões na avenida Ernesto Geisel, no entorno do rio Anhanduí, agora foram suspensas pela prefeitura de Campo Grande.

De acordo com os avisos, publicados hoje (dia 8) no Diário Oficial do município, foram suspensos os processos licitatórios nos três trechos: Santa Adélia até a rua Abolição, da Abolição até Bom Sucesso e da Bom Sucesso até rua Aquário.

Os três editais foram lançados em 10 de março, com previsão de entrega das propostas em 17 de abril. Contudo, em seguida, o prazo foi remarcado para 10 de maio. Na ocasião, a justificativa foi mudanças para ampliar a concorrência e obter mais detalhes da documentação contábil das empresas, atestando a capacidade financeira. Agora, todos foram suspensos.

De acordo com o titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese, os procedimentos foram paralisados porque foi identificada inconsistência no custo da pedra britada na planilha de preços. “Na composição, esse mesmo insumo tinha preços diferentes e isso não pode. Estamos fazendo a revisão e assim que terminar os editais serão republicados”, diz o secretário.

A expectativa é que as licitações voltem a caminhar na próxima semana. Segundo o secretário, a variação será pequena e não deve aumentar o limite de gastos do processo licitatório.

Caso antigo - Asfixiado pelo assoreamento e cercado pela erosão, o Anhanduí é o principal curso de água de Campo Grande. O rio recebe as águas das bacias dos córregos Prosa e Segredo. Ao longo dos anos, os problemas se acumulam em assoreamento do leito, destruição dos barrancos, degradação ambiental e destruição do asfalto (engolido pela erosão).

Em dezembro de 2016, a Justiça deu prazo de 90 dias para obras emergenciais no entorno do rio. Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), o trecho mais crítico se estendia da rua Santa Adélia até à rua Aquário.

Obras no local sempre estão nos planos do poder público, mas não saem do papel. Em maio de 2015, na gestão do prefeito Gilmar Olarte chegou a ser lançado um edital prevendo R$ 60 milhões em obras nos 7,5 quilômetros da avenida Ernesto Geisel, entre Salgado Filho e Campestre, num total de cinco lotes.

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