ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Prefeitura "toma fôlego", mas gastos continuam acima do limite prudencial

Valor dos gastos diminuiu com relação ao percentual de junho, alcançando 51,85%

Izabela Sanchez | 28/08/2019 10:56
Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Prefeitura de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

A Prefeitura de Campo Grande tomou certo fôlego com relação ao mês de junho e conseguiu diminuir de 52,53% para 51,85% o percentual da receita municipal com o gasto com pessoal. A diminuição é significativa, mas não suficiente e Campo Grande continua gastando acima do limite prudencial estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), de 51,30%.

A despesa líquida com pessoal em junho era de R$ 129.773.344,01 e caiu para R$ 127.538.736,16 em julho, um total de comprometimento de R$ 1.708.384.974,12 no acumulado de 12 meses – de agosto de 2018 a julho de 2019 -.

Para o titular da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento) Pedro Pedrossian Neto, a queda ainda não reflete o cenário atual da administração, que aliou à “medidas para contenção”.

“Na verdade isso ainda não refletiu algumas medidas que foram tomadas para contenção, que devem refletir já para o mês que vem, sobretudo na despesa com pessoal devem ter reflexo, e no mês que vem vamos verificar. Além disso, vai ter uma receita mais robusta em razão do Refis [nome popular do Programa de Pagamento Incentivado]. Mas continua acima, é ruim, mas a trajetória indica melhora”, disse.

No início do mês o prefeito Marquinhos Trad (PSD) deu nova redação a um decreto publicado em maio de 2017, que vetava cedências de funcionários, quando o ônus é da administração, e reduzia despesas de custeio. Agora, ceder servidores para autarquias da União, Estado, Distrito Federal e Municípios, e até ongs, fica proibido até 31 de dezembro de 2020, quando essa transferência tiver algum ônus para a Prefeitura de Campo Grande.

Outra mudança é com relação à diminuição de gastos. O novo decreto estabelece uma redução de 30%, em relação à média de gastos de 2018, do custeio com serviços de publicidade e propaganda, festas e homenagens, combustíveis e lubrificantes e manutenção de veículos leves.

Além disso, ficam inclusos nessa redução aquisição de material de consumo e serviços, gastos com água e esgoto, energia elétrica, telefone fixo e móvel e internet. Os órgãos, entidades e fundos municipais vão ter que informar o valor total da redução das despesas, até o dia 31 de agosto, para o Cogep (Comitê de Gestão dos Gastos Públicos).

“Teve uma redução importante, estamos em uma trajetória de correção, mas não podemos relaxar nesse indicativo”, comentou Pedrossian.

Refis – A Prefeitura prorrogou o Refis, ampliado por emenda da Câmara até o dia 10 de setembro, mas a segunda etapa da arrecadação – diferente da primeira – está abaixo das expectativas. Até o dia 23, R$ 3,4 milhões foram arrecadados depois que o PPI teve o prazo estendido. Desde o início do Refis, a Prefeitura arrecadou R$ 24,765 milhões. A meta esperada, até o final da prorrogação, é chegar aos R$ 30 milhões.

Nos siga no Google Notícias