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Capital

Presidente de Ong diz que denúncias contra CCZ precisam ser fomalizadas

Flávia Lima | 02/01/2016 13:22
A publicitária Marina Bellinaso que esteve no CCZ e fez denúncia nas redes sociais. (Foto:Divulgação)
A publicitária Marina Bellinaso que esteve no CCZ e fez denúncia nas redes sociais. (Foto:Divulgação)

A denúncia feita pela publicitária Marina Bellinaso, 24, em sua página no Facebook contra a precariedade do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande, gerou indignação e comoção nas redes sociais. Em sua postagem ela relata a situação do local, observada no último dia 26, quando procurou o órgão para adotar um filhote.

Em sua postagem e na entrevista que concedeu ao Campo Grande News, Marina diz que a sujeira predominava nas baias onde os animais ficam confinados. Ela também diz que constatou carrapatos e pulgas na maioria dos cães que chegam a ficar amontoados.

Após a morte do filhote que havia adotado, na madrugada do dia 31, ela fez a postagem relatando a situação observada no local. Em entrevista ao Campo Grande News, ela disse que iria procurar órgãos de saúde após as festas de fim de ano para denunciar as condições do CCZ.

Segundo a presidente da Ong (Organização Não Governamental) Abrigo dos Bichos, Maria Lúcia Metello, uma das mais atuantes da Capital, a situação relatada por Marina não é novidade e que já foram feitas denúncias via MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal).

"Infelizmente nada acontece, não sei porque", diz. Ela acredita que muitas pessoas fazem as denúncias apenas nas redes sociais, o que dificulta a ação do Ministério Público. "É fundamental formalizar nos órgãos competentes, como a Comissão de Direitos dos Animais da OAB/MS. Se não procurar a Justiça, nada adianta", ressalta.

Apesar de não ir ao CCZ a um bom tempo, Maria Lúcia afirma que sempre fica sabendo de relatos semelhantes ao da publicitária. "A gente fica indignado, mas se as denúncias ficarem apenas nas redes sociais, não há como realizar uma fiscalização no local para atestar a veracidade dos fatos", diz.

O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, reconhece que muitos setores da saúde municipal apresentam problemas, mas responsabiliza as administrações passadas pelo abandono da rede. "Nossa maior preocupação era reduzir o índice de mortalidade e tivemos que definir prioridades, mas vamos verificar as denúncias sobre o CCZ e sobre qualquer outro órgão", afirma.

Ivandro reforça a orientação de Maria Lúcia Metello e diz que as denúncias devem ser formalizadas através da Ouvidoria Municipal, pelo telefone 3314-4639 ou através do e-mail ouvidoriageral@capital.ms.gov.br

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