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Capital

Preso por furto de Land Rover, "Robertinho" se nega a falar destino do veículo

Chefe de bando especializado em crimes do tipo, ele foi trazido mês passado de Minas Gerais para Campo Grande

Marta Ferreira | 12/03/2021 15:51
A Land Rover Defender levada à luz do dia de dentro de concessionária de Campo Grande, em agosto do ano passado. (Foto: Divulgação)
A Land Rover Defender levada à luz do dia de dentro de concessionária de Campo Grande, em agosto do ano passado. (Foto: Divulgação)

De Campo Grande para a fronteira com a Bolívia, de lá, ninguém sabe. É o que as investigações descobriram sobre o utilitário Land Rover Defender zerado, avaliado em meio milhão de reais, furtado de concessionária na Rua Joaquim Murtinho no dia 4 de setembro do ano passado. O crime foi cometido ao meio-dia e, embora os bandidos já tenha sido identificados e ate denunciados à Justiça, o paradeiro do veículo de luxo segue uma incógnita.

Conforme as apurações, o chefe do bando, conhecido como “Robertinho”, é um golpista profissional, que foi preso no ano passado em Montes Claros (MG), de onde foi transferido para Campo Grande. Ele chegou no dia 12 de fevereiro deste ano e desde 8 de março, segunda-feira, está no presídio de segurança máxima Gameleira I, a "Supermáxima", cumprindo prisão preventiva.

Aqui, a unidade policial responsável pela investigação, a Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) tentou fazer a reprodução simulada do furto, mas o preso, Roberto Mafra Silveira, 43 anos, não aceitou participar.

Sem ele, a diligência não foi realizada, na semana passada.

Especialistas do crime - O bando liderado por ele, segundo apurações da polícia de Mato Grosso do Sul, de São Paulo do Paraná de Goiás, foi responsável, entre agosto e setembro de 2020, por furto camionetes de luxo avaliadas em R$ 1,1 milhão. Três foram recuperadas, menos a Defender.

A autorização judicial para transferência de “Robertinho” para Campo Grande saiu em dezembro do ano passado, mas só foi cumprida em fevereiro. Bandido profissional, na definição de investigadores experimentados, ele ajudou pouco.

Além de se recusar a participar da reprodução da cena do furto, não quis prestar declarações à Polícia Civil.

 Essa parte da apuração era para complementar o inquérito contra ele, relatado ao Judiciário em outubro do ano passado, apontado a organização criminosa como culpada pelo furto do utilitário de luxo. A Justiça aceitou a denúncia e transformou Robertinho em réu, junto com mais quatro três, uma delas já morta

Robertinho, em imagens colhidas por câmeras de investigação durante dois furtos atribuídos ao grupo e na carteira de identidade. (Foto: Reprodução de processo)
Robertinho, em imagens colhidas por câmeras de investigação durante dois furtos atribuídos ao grupo e na carteira de identidade. (Foto: Reprodução de processo)

Na peça investigatória, são apontadas provas contra ele, entre elas imagem de câmera de vídeo na qual aparece dentro do utilitário, junto com um comparsa.

Destino – Pelos levantamentos, “Robertinho” é quem entrou tranquilamente na concessionária, tal qual um cliente, e saiu com a Land Rover, que estava com a chave no contato e ainda sem alarme ativado.

Tudo indica, pelo mosaico de informações colhidos desde agosto do ano passado, que o grupo usou uma “cabriteira”, nome de estradas menos movimentadas, para levar o veículo até os receptadores da Bolívia.

Lá, a suspeita é de que os compradores tenham dado nova destinação ao carro, até mesmo vendendo para um morador de outro País.

Além de Robertinho, participou do furto, dando apoio do lado de fora da concessionária em veículo Montana, Gilmar Souza, 34 anos, alvejado e morto pela polícia no dia 10 de setembro, em Goiás (GO). No ano passado, em agosto, Souza havia sido preso em Miranda, na BR-262, tentando levar para a Bolívia uma Ford Ranger furtada em São Paulo. Acabou sendo liberado pela justiça.

Também integrava a quadrilha uma mulher chamada Analice Fátima da Silva, 42 anos, e o irmão dela Edy Junior da Silva, 25 anos, que foram pegos com uma Ford Ranger em agosto do ano passado, no dia 11, em Miranda, na BR-262, por policiais rodoviários federais. Uma quinta pessoa, identificada apenas como “Patrícia”, não foi localizada.

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