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Capital

Preso por morte de promotor chega em helicóptero e ficará na sede do Garras

Condenado em Pernambuco, Zé Maria foi preso em Corumbá, 5 meses após fuga de penitenciária

Ângela Kempfer | 29/07/2019 16:31
José Maria chegou por volta das 16h em helicóptero da PM. (Foto: Paulo Francis)
José Maria chegou por volta das 16h em helicóptero da PM. (Foto: Paulo Francis)

De bermuda e chinelos, acaba de chegar em Campo Grande o fazendeiro José Maria Rosendo, condenado a 50 anos de prisão pelo assassinato de promotor de Justiça Thiago Faria Soares, em Pernambuco.

O preso foi trazido à Capital pelo helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, que pousou em uma praça ao lado da sede do Garras por volta das 16h. Conhecido como Zé Maria de Mané Pedo, ele foi retirado da aeronave e imediatamente entrou na viatura para seguir até o prédio da polícia civil, onde deve ficar até ser transferido para Pernambuco.

O fazendeiro foi preso hoje, em Corumbá, durante operação integrada, envolvendo Ministério Público e polícias dos dois estados. Zé Maria era procurado há 5 meses e já vivia entre Mato Grosso do Sul e a Bolívia.

Em março, a polícia chegou a fazer um cerco contra Zé Maria no interior de São Paulo, onde estava ao lado de 3 pessoas da família. Mas ele percebeu a chegada dos policiais, conseguiu correr em direção a uma mata perto de uma represa e escapou.

O crime aconteceu em 2013, ele chegou a ser preso, mas foi resgatado da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá (PE), no dia 14 de fevereiro deste ano, em “operação” que provocou a morte de um policial militar. Segundo informações do MPE (Ministério Público Estadual) de Pernambuco, ele estava escondido na área rural de Corumbá, na região de fronteira entre Brasil e Bolívia.

O procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu de Barros, disse que irá pedir a transferência dele para presídio federal. “Esse pedido se justifica em razão do grau de periculosidade dele, visto que foi apurado que ele participa de uma organização criminosa transnacional”. Além disso, a prisão em unidade federal também se justifica pelo julgamento ter ocorrido na Justiça Federal.

Em outubro de 2016, ele foi condenado a 50 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, pela 36ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, pela morte do promotor Thiago Faria Soares e por duas tentativas de homicídio contra Mysheva Martins, noiva de Thiago, que estava dentro do carro com ele no momento do assassinato, e Adautivo Martins, tio dela.

A motivação do crime, segundo a Polícia Federal, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. A motivação do crime teria sido a compra de 25 hectares de uma fazenda em Águas Belas. O imóvel, com extensão total de 1,8 mil hectares, foi comprado por Mysheva em um leilão. O promotor teria atuado de maneira incisiva para posse da fazenda.

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