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Capital

Projeto que muda a Afonso Pena enfrenta campanha contra na internet

Marta Ferreira | 11/05/2011 18:35
Projeto prevê fim do estacionamento dos carros no canteiro central em trecho da avenida.(Foto: Arquivo)
Projeto prevê fim do estacionamento dos carros no canteiro central em trecho da avenida.(Foto: Arquivo)

Se depender de um movimento iniciado na internet pelo vice-presidente da Federação dos Arquitetos do Brasil, Angelo Marcos Arruda, a caixa de e-mail do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), vai lotar de correspondências contrárias ao projeto que prevê mudanças na Avenida Afonso Pena, considerada cartão-portal da cidade. A proposta prevê o fim do estacionamento de veículos em um trecho extenso da avenida, o que é aprovado por Arruda, mas também o alargamento das pistas, com utilização de espaço do canteiro central.

Pelo projeto, a faixa da esquerda da avenida passará a ter 3,5 metros, cerca de 80 centímetros a mais que hoje, com vistas à transformação futura em corredor de ônibus.

É aí que a ideia gerou críticas negativas. Para o arquiteto, o projeto coloca em risco a harmonia da avenida mais bela da cidade, referência para os visitantes de Campo Grande, e parte da história local. “Quem faz uma proposta dessa, não gosta de Campo Grande. Está se mexendo no coração da cidade, na história real, na avenida onde tudo aconteceu”.

Para ele, essa foi a “solução mais barata” encontrada pela prefeitura para resolver um problema cada vez mais crônico em Campo Grande, o trânsito tumultuado pelo excesso de veículos.

A partir dessa convicção, Arruda está convocando as pessoas, por meio das redes sociais na internet, para que mandem e-mails ao gabinete do prefeito contra a mudança. A ideia arregimentou vários apoios, como mostram os comentários que seguem à convocação de Angelo Arruda em sua página do Facebook.

Uma das principais queixas feitas é que não houve discussão com a sociedade, reclamação refutada pela Prefeitura. O diretor presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade Júnior, afirma que toda a discussão que chegou à conclusão de que a Afonso Pena é uma via importante para o transporte público na cidade foi feita em 2009, durante a confecção do Plano de Transporte e Mobilidade Urbana”.

Polêmica desnecessária”- Rudel classificou de “boba” a polêmica. Segundo ele o projeto, que ainda vai ser entregue ao prefeito, está sendo mal compreendido.

Ele diz que ao invés de descaracterizar a Afonso Pena, vai deixá-la mais bonita e privilegiar as áreas verdes no canteiro, ao proibir o estacionamento de veículos no trecho que vai da Padre João Crippa até a Ernesto Geisel.

“Esse estacionamento em 45 graus, como é feito, atrapalha o trânsito e até o desenvolvimento das árvores, por ficar sobre as raízes”.

Rudel afirmou que dos cerca de 4 metros dos canteiros, 1,6m de cada lado serão utilizados para alargar a pista. O restante do canteiro, afirma, vai ser transformado em área verde, nos mesmos moldes do que já foi feito no trecho em frente à Prefeitura de Campo Grande. Ao todo, 295 vagas de veículos devem ser eliminadas.

Ainda de acordo com Rudel, esse projeto é inteiro com recursos da prefeitura e ainda não contempla a transformação da via em corredor de ônibus. Para isso, Campo Grande tem outro projeto, já aprovado como parte do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê R$ 280 milhões para mobilidade urbana na cidade, incluindo corredores do transporte coletivo.

A prefeitura aguarda ser chamada ao Ministério das Cidades para defender o projeto, que ainda não tem prazo para liberação.

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