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Capital

Protesto quer fim de consultas de minutos nos postos de Campo Grande

Aline dos Santos | 04/10/2011 09:25

Em uma hora, médico atende até 16 pessoas, média de três minutos para cada paciente

Faixas cobram qualidade na consulta e que médicos cumpram carga horária. (Foto: João Garrigó)
Faixas cobram qualidade na consulta e que médicos cumpram carga horária. (Foto: João Garrigó)

O Fórum dos Usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) protesta contra a baixa qualidade nas consultas médicas nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e Centros de Saúde 24 horas de Campo Grande.

“As reclamações vêm aumentando bastante. Falta resolutividade nas consultas. A pessoa vai duas, três, quatro vezes e não resolve o problema”, afirma Sebastião de Campos Arinos Júnior, membro do fórum.

Segundo ele, em uma hora, o médico atende até 16 pessoas, média de três minutos para cada paciente. “Também estamos cobrando que cumpram a carga horária de quatro horas. O posto não é um bico. Eles fizeram concurso”, enfatiza.

Com nariz de palhaço, o grupo estava em frente à UPA Coronel Antonino, distribuindo panfletos para os pacientes. A ação será repetida em todas as unidades de saúde 24 horas.

“É questão de sorte. Às vezes, nem vale a pena esperar horas pela consulta. Tem médico que só te olha e te manda para casa. Outros, examinam, dá remédio certo”, afirma Andrea Aguilera, de 35 anos, que acompanhava o marido na UPA Coronel Antonino.

Eles moram na avenida Bandeirantes, mas preferem ir mais longe em busca de um atendimento melhor. “O mais perto é o posto do Guanandi, mas lá é muito cheio”, explica Andrea.

Vanderléia Nunes, de 24 anos, levou a filha de cinco anos à UPA nesta terça-feira. “O atendimento foi bom. A médica foi atenciosa. Bem boazinha”, conta a mãe.

Segundo Andrea, bom atendimento em posto depende da sorte. (Foto: João Garrigó)
Segundo Andrea, bom atendimento em posto depende da sorte. (Foto: João Garrigó)

Além de colocar faixas e distribuir 15 mil informativos, o protesto do Fórum dos Usuários vai pedir providências ao MPE (Ministério Público Estadual), CRM (Conselho Regional de Medicina) e Sindicato dos Médicos.

O fórum não tem números do total de reclamações e nem de onde o problema seria mais acentuado. “O que tem menos reclamação é o do Tiradentes, os outros têm a mesma média”, afirma Sebastião Júnior.

O grupo vai colocar uma faixa do protesto também em frente ao Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, aproveitando a visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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