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Capital

Quadrilha do MT usou tecnologia e "super maçarico" em roubo de caixas

Liana Feitosa e Michel Faustino | 23/07/2015 17:33
Seis integrantes da quadrilha foram presos, dois estão foragidos. (Foto: Vanessa Tamires)
Seis integrantes da quadrilha foram presos, dois estão foragidos. (Foto: Vanessa Tamires)

A quadrilha presa nesta quarta-feira (22), por realizar furtos a caixas eletrônicos na Capital, usava tecnologia avançada para praticar os crimes, segundo o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Entre os equipamentos estava um "super maçarico", como classificou a polícia. A ferramenta é mais potente que um maçarico convencional e utiliza oxigênio e acetileno para gerar um corte denominado oxicombustível.

A técnica gera fusão de materiais metálicos por meio de uma chama gerada graças à queima de uma mistura de gases. Dessa forma, era possível abrir com mais facilidade a lataria dos caixas-eletrônicos.

O delegado Fábio Peró deu detalhes sobre a operação, que resultou na prisão do grupo, na tarde desta quinta-feira (23), juntamente com o delegado Edilson dos Santos Silva, titular do Garras.

Outra tecnologia utilizada pela quadrilha era um bloqueador de ondas de rádio, usado para inibir a emissão de frequências. Ou seja, equipamentos que dependem das ondas de rádio paravam funcionar, deixando inativos, por exemplo, alarmes e aparelhos celulares.

Segundo a polícia, todos os envolvidos são de Mato Grosso, mas vieram para Mato Grosso do Sul para atuar especificamente com roubos a caixas-eletrônicos.

Delegado Edilson dos Santos, titular do Garras, deu detalhes sobre a operação juntamente com o chefe da operação, Fábio Queiró. (Foto: Vanessa Tamires)
Delegado Edilson dos Santos, titular do Garras, deu detalhes sobre a operação juntamente com o chefe da operação, Fábio Queiró. (Foto: Vanessa Tamires)

Seis envolvidos foram presos e apresentados nesta tarde: Renato Raimundo, 30 anos, Jorge Antônio Siqueira, 39, e a esposa dele, Daniela Cristina Pereira da Silva, 32, Melrison da Silva, 29, Fábio de Jesus Barbosa Junior, 25, e Giubert do Nascimento Rondon, 31.

Outros dois já foram identificados, mas estão foragidos. No estado vizinho o grupo já atuava nesse tipo de crime e, segundo o Garras, 12 roubos a caixas contabilizados lá foram executados com as mesmas técnicas e características dessa quadrilha. Portanto, há possibilidade de que se trate do mesmo grupo.

Ao chegarem de Mato Grosso, alugaram duas casas em Campo Grande, uma no bairro Guanandi e, outra, no bairro Cristo Redentor. Na residência do Guanandi foram encontrados materiais usados nos furtos, como cilindros de oxigênio, inibidor de ondas de rádio e o super maçarico, além de cerca de quase R$ 16 mil e uma pistola semiautomática 9 milímetros.

De acordo com a polícia, a quadrilha estava bem instalada na Capital. Eles tinham um carro, um Volkswagen Jetta, avaliado em R$ 80 mil, usado como apoio nas ações. Nas casas alugadas, tudo estava bem estruturado, com móveis, eletroeletrônicos e eletrodomésticos de qualidade.

Na casa onde a quadrilha morava foram encontrados cilindros de oxigênio, inibidor de ondas de rádio, super maçarico, quase R$ 16 mil e uma pistola semiautomática 9 mm. (Foto: Vanessa Tamires)
Na casa onde a quadrilha morava foram encontrados cilindros de oxigênio, inibidor de ondas de rádio, super maçarico, quase R$ 16 mil e uma pistola semiautomática 9 mm. (Foto: Vanessa Tamires)

Foram, ao todo, quatro ações contra caixas-eletrônicos, a primeira no dia 14 de junho, no Iagro. A segunda, no dia 8 julho, no Prático do bairro Aero Rancho. Já no dia 12 de julho foi a vez do Supermercado Cardoso, no Jardim das Meninas e, por fim, na terça-feira (21), no Jardim Noroeste, em uma farmácia.

Dessas ações, duas tentativas foram frustradas e dois furtos foram efetivos. Eles irão responder por formação de quadrilha, furto qualificado, lavagem de dinheiro e porte de arma de fogo.

A polícia investigava a quadrilha desde o primeiro roubo. Nesse meio tempo as investigações mostraram o casal, Jorge e Daniela, agiam como articuladores. Eles verificavam os locais com potencial para serem alvo de roubo. Já os demais eram responsáveis pela execução do plano.

A operação executada pelo Garras ontem foi denominada MK. O nome tem relação com o tipo de corte feito pela quadrilha ao arrombar os caixas.

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