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Capital

Rejeitados, “dogueiros” não sabem onde vão parar

Paulo Fernandes e Paula Maciulevicius | 21/09/2011 21:39
Vendedores de lanches permanecem na avenida Afonso Pena, sem saber qual rumo vão tomar (Foto: João Garrigó)
Vendedores de lanches permanecem na avenida Afonso Pena, sem saber qual rumo vão tomar (Foto: João Garrigó)

O pedido de moradores ao MPE (Ministério Público Estadual) para embargar as obras na Praça Aquidauana aumentou o clima de indefinição entre os vendedores de lanches e cachorro-quente, conhecidos como “dogueiros”.

Eles não sabem onde vão parar. “Estamos esperando para ver no que vai dar. Moradores não querem que a gente vá para a Praça Aquidauana e no Horto também não queriam”, diz Natanael Garcia Gomes, de 28 anos. “Ninguém sabe como vai ser, nem o prefeito sabe o que vai fazer”, acrescentou.

Para o “dogueiro”, o movimento deverá despencar, independentemente de qual for o novo endereço da categoria que trabalha no canteiro central da avenida Afonso Pena. “Metade (do movimento) deve cair imediatamente”, diz.

Natanael sugere que a Orla Morena se torne o novo endereço de venda de lanches e refrigerantes. “Se for na praça, vai ficar um em cima do outro”, disse. “Se vão aprontar a Orla Morena até dezembro, que já comecem a fazer quiosque para gente”.

Os clientes continuam a comprar os lanches normalmente na Afonso Pena, mas sempre perguntam para onde serão levados “dogueiros”.

“A obra de revitalização da Afonso Pena está chegando mais perto e isso já vai prejudicar o movimento”, diz o comerciante Alvaro Bittencourt, de 27 anos. “Toda mudança gera expectativa negativa, principalmente quando não sabe para onde vai”, resume.

Para ele, a melhor solução seria a destinação de um lugar fixo, uma praça de alimentação ao ar livre.

Cliente dos “dogueiros”, o marceneiro Cícero dos Santos, de 47 anos, acredita que a saída dos vendedores da principal avenida de Campo Grande irá acabar com uma característica importante da cidade.

“Igual a Feirona: tiraram, colocaram ali. Só fui uma vez. Perdeu a característica de feira”, afirmou.

“A prefeitura devia ter um lugar certo para eles”, acrescentou a comerciante Francisca da Silva, de 47 anos.

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