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Capital

Restrição na Santa Casa diminuirá em 30% atendimento no pronto-socorro

A partir de hoje, setor só atenderá casos de pacientes regulados

Mayara Bueno e Yarima Mecchi | 10/02/2017 09:55
Pronto Socorro da Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Yarima Mecchi)
Pronto Socorro da Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Yarima Mecchi)
Faixa comunicando restrição foi afixada na entrada do pronto-socorro do hospital. (Foto: Yarima Mecchi)
Faixa comunicando restrição foi afixada na entrada do pronto-socorro do hospital. (Foto: Yarima Mecchi)

A restrição no pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande reduzirá em 30% o volume de atendimento, segundo a assessoria da instituição de saúde. A partir desta sexta-feira (10), o setor de emergência só atenderá pacientes encaminhados pela Central de Regulação, deixando de fora quem chegar por conta própria, a chamada demanda espontânea.

A questão já era discutida anteriormente, principalmente após ofício encaminhado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ao hospital no fim de janeiro pedindo que o atendimento, em fevereiro, passasse a ser feito desta forma, evitando assim que haja excesso de demanda e déficit financeiro na instituição.

Conforme informações da Santa Casa, são feitos em média 200 atendimentos por dia no pronto socorro. Deste total, 30% são demandas espontâneas, de situações de baixa complexidade, os que são menos graves. A medida de restrição serve para que, casos de saúde classificados na faixa azul e verde, que é pouca urgência, sejam resolvidos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e demais unidades da rede municipal de saúde.

Até às 9 horas de hoje, foram atendidas 11 pessoas no pronto socorro. De acordo com a instituição, a maioria dos atendidos é de casos graves e foi encaminhada pela regulação. O hospital aguarda o diretor do pronto socorro para repassar a restrição de atendimento.

A mudança de atendimento divide opinião de pacientes que procuraram a instituição, esta manhã. Para Patrícia Rezende, 30 anos, a restrição é ruim, pois, muitas vezes os casos não são somente de dor de cabeça, mas algo grave. Enquanto na Santa Casa o atendimento pode ser mais completo, nas unidades os médicos passam um remédio “e te liberam”, afirma.

No entanto, para quem geralmente é encaminhado pela regulação a mudança é boa. Nilda Souza dos Santos, 40 anos, que acompanha a mãe hipertensa, afirma que nunca teve problema com o encaminhamento. “Sempre que busquei atendimento no posto de saúde, conseguia encaminhamento para um hospital, quando precisava”.

Repasse – Segundo a assessoria do hospital, a Prefeitura de Campo Grande repassou R$ 10 milhões para a instituição, este mês, de um contrato de R$ 20 milhões. Deste total, R$ 17 milhões precisam ser quitados todo começo do mês, ou seja, o Município deve R$ 7 milhões. O restante é pago sempre no fim do mês.

Outra situação entre prefeitura e Santa Casa é a negociação de uma dívida da gestão passada de R$ 11 milhões. A solução, neste caso, deve sair até 30 de março, quando ambas as partes sentarão para fechar um novo contrato.

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