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Capital

Réu confesso da execução de "Fininho" é condenado a 19 anos de prisão

Carlos Henrique de Oliveira Arguelho também foi levado a júri hoje (19) pelo crime, mas foi inocentado

Adriano Fernandes e Geisy Garnes | 19/09/2018 19:21
Dupla durante a sessão de julgamento, nesta quarta-feira. (Foto: Daniele Valentin)
Dupla durante a sessão de julgamento, nesta quarta-feira. (Foto: Daniele Valentin)

André Abner Correa de Arruda, 20, foi condenado a 19 aos e cinco meses de prisão pela execução após sessão de tortura de Mauro Éder Araújo, o “Fininho”, em maio do ano passado. Carlos Henrique de Oliveira Arguelho, também levado a júri nesta quarta-feira (19) foi inocentado do crime.

Esta manhã André já havia confessado ter cometido o crime sozinho, por causa de dívida de droga. Diante do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o suspeito desmentiu ter cometido o assassinato a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) em um “Tribunal do Crime” e chegou a gritar quando ouviu a afirmação da promotoria.

“Ninguém manda em mim”, disse. Durante toda a sessão o réu agia em tom de deboche e se referia ao juiz por “você”.

Execução

Segundo as investigações da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), “Fininho” passou por cinco cantoneiras - como são chamados os cativeiros do PCC-, antes de ser executado. Na primeira casa, estavam Israel Rodrigues Lopes, o Coringa e mais dois comparsas.

Na segunda casa, Luan Avila Santana, o Maconha e outros dois comparsas. Na terceira cantoneira, estavam Luis Alberto de Jesus Ramos, o Beto, e os suspeitos identificados como Camarote e Neném PCC.

Neste local, Neném chegou a tirar fotos com armas. Na quarta casa, no bairro Jardim Veraneio, estavam Carlos Henrique de Oliveira Arguelho, o Eclipse, e mais uma vez Camarote e Neném PCC. Foi na quarta cantoneira que “Fininho” foi gravado entregando comparsas e pedindo uma nova chance ao PCC. Na quinta e última casa, estavam André Abner, o Gordinho, Glaucea, a “Branca”, “Camarote” e João Lucas.

A ordem do crime teria partido de Paulo Roberto Dias, “o Perturbado” - interno do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande - após “Branca” ter sido considerada suspeita de traição. As investigações apontaram ainda a presença de André na quinta e última cantoneira. O promotor reiterou em julgamento que ter assumindo os disparos e afirmando ter agido sozinho, concederá a André status dentro da facção.

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