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Capital

Réu pela 3ª vez por fazer vítimas no trânsito, médico sai calado do Fórum

De 2017 a 2023, João Pedro se envolveu em três acidentes, matando uma motorista em um deles

Por Antonio Bispo | 04/03/2024 16:10
João Pedro, de camisa azul à esquerda, acompanhado de familiares e advogados no Fórum de Campo Grande(Foto: Paulo Francis)
João Pedro, de camisa azul à esquerda, acompanhado de familiares e advogados no Fórum de Campo Grande(Foto: Paulo Francis)

Depois de se tornar réu pela terceira vez, o médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 30 anos, passou por nova audiência. Ele compareceu na tarde desta segunda-feira (4) à 5ª Vara Criminal do Fórum de Campo Grande, para processo referente ao acidente que causou no dia 8 de junho de 2023, preferiu sair calado.

Ele foi solto pela Justiça desde o dia 13 de julho de 2023, pouco mais de um mês após ser preso por deixar uma motorista em estado grave em um acidente de trânsito no cruzamento da Rua Doutor Paulo Machado e Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, no bairro Santa Fé, na Capital. João Pedro participou da audiência acompanhado de familiares e advogados, mas não quis conversar com a equipe de reportagem que aguardava no saguão do Fórum na saída.

Assim como ele, o advogado de defesa, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, disse que aguardaria "novas movimentações no processo para dar uma declaração".

Entenda o caso - João Pedro responde por acidente ocorrido em 8 de junho de 2023  que matou uma mulher de 28 anos, à época. A vítima ficou presa às ferragens. Ela, segundo informações do Ministério Público, ficou impossibilitada de andar por pelo menos 90 dias devido aos danos no quadril.

“A ofendida foi socorrida por uma viatura do SAMU, sendo levada para a Santa Casa de Campo Grande, onde foi constatado que sofreu duas fraturas no quadril, restando impossibilitada de andar por aproximadamente 90 (noventa dias), além de escoriações nas coxas, peito e rosto”, cita o ministério.

Veículo atingido pela caminhonete conduzida por João Paulo no dia 8 de junho (Foto: Henrique Kawaminami/arquivo)
Veículo atingido pela caminhonete conduzida por João Paulo no dia 8 de junho (Foto: Henrique Kawaminami/arquivo)

Na denúncia, o MP evidencia que já há outros dois casos semelhantes pelos quais o réu responde e pesa ainda contra João Pedro o fato de que, no dia do acidente, ele afirmou que a vítima teria ultrapassado o sinal vermelho, mas imagens de câmeras de segurança do MPT (Ministério Público do Trabalho), na rua Doutor Paulo Coelho Machado, flagraram o momento do acidente, comprovando que a caminhonete VW/Amarok conduzida pelo autor é que não respeitou a sinalização.

Na denúncia, solicita ainda o Ministério Público Estadual que a vítima seja indenizada em valor não menor que R$ 200 mil pelos danos materiais e morais, o que deve ser apreciado no decorrer do processo.

Acidente com morte – Em janeiro de 2017, João Pedro avançou em alta velocidade na rotatória no cruzamento das avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré, quando atingiu um veículo Uno que estava esperando passagem e seguia pela Tamandaré, sentido centro/bairro. Duas pessoas ficaram feridas e ele fugiu do local, mas responde pelo crime até hoje. João também estaria embriagado.

No dia 2 de novembro de 2017, na Avenida Afonso Pena, o médico provocou outro acidente que terminou com a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos. Por esse fato, em 2021, foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão por homicídio culposo, já que estava embriagado. A sentença foi determinada para ser cumprida em regime semiaberto.

Entretanto, em 2023, a 2ª Câmara Criminal de Justiça decidiu que a pena deveria ser aumentada para quatro anos em regime semiaberto, além de pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil.

Carro da vítima capotado em novembro de 2017 (Foto: arquivo/Direto das Ruas)
Carro da vítima capotado em novembro de 2017 (Foto: arquivo/Direto das Ruas)

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