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Capital

Santa Casa classifica paralisação de irresponsável e desconta dia

Mariana Lopes | 11/01/2013 11:25
Cristiane afirma que todos os funcionários estavam cientes de que poderia haver atraso no pagamento (Foto: Mariana Lopes)
Cristiane afirma que todos os funcionários estavam cientes de que poderia haver atraso no pagamento (Foto: Mariana Lopes)

“Foi irresponsável, impetuoso, desorganizado e desnecessário o movimento dos profissionais”, disse a gerente de Enfermagem da Santa Casa, Cristiane Ost, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (11), sobre a paralisação dos enfermeiros e técnicos de enfermagem do hospital, ocorrida na manhã de ontem (10). O dia não trabalho vai ser descontado dos salários.

Foram 68 profissionais que cruzaram os braços em protesto aos dois dias de atraso do salário de dezembro, que deveria ser depositado até o 5º dia útil deste mês, mas a liberação ocorreu só ontem.

De acordo com Cristiane, o atraso ocorreu devido a problemas burocráticos no repasse financeiro, mas ela afirma que os funcionários foram avisados com antecedência através de comunicado da diretoria do hospital.

A gerente explica que o dinheiro para o salário dos funcionários é repassado pelo Ministério da Saúde para a Secretaria de Saúde do Município, que está em fase de transição, por isso a demora.

“O hospital não é contra os movimentos de protesto, desde que seja feito de forma organizada e não comprometa o atendimento, antes de tudo é preciso seguir aspectos éticos, morais e sociais”, alerta Cristiane.

Para a advogada do Sindhesul (Sindicato dos Estabelecimentos, Hospitais e Serviços de Saúde de MS), Rosely Coelho Scandola, o movimento cabe demissão por justa causa. “Não trouxe dano aos colaboradores e eles estavam previamente avisados de que haveria o atraso”, pontua a advogada.

A demissão em massa foi cogitada pela diretoria da Santa Casa, mas, segundo a gerente de Enfermagem, a decisão do hospital foi de aplicar medidas disciplinares cabíveis, como o desconto no ponto do plantão de ontem. “Foi uma ausência prolongada, consideramos abandono de turno”, afirma Cristiane.

Ainda conforme a gerente, o hospital teve prejuízos com a paralisação e teve que remanejar os funcionários para dar conta dos atendimentos. “Tivemos atraso de medicamento, suspensão de curativos e de transferência de pacientes”, elenca Cristiane.

O atendimento ficou comprometido dos setores de Central de Material, Centro Cirúrgico, Terapia Intensiva Cardíaca, Unidade Coronariana e Pronto Socorro, que foi o mais prejudicado.

Ao todo, o plantão do período matutino de enfermeiros e técnicos de enfermagem da Santa Casa conta com 330 funcionários, dos quais 68 aderiram à paralisação.

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