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Capital

Santa Casa cria 3º tempo e Prefeitura busca hospitais para novas vagas

Aline dos Santos | 25/11/2013 11:39
Hospital tem prazo de 10 dias para oferecer novos leitos. (Foto: Cleber Gellio)
Hospital tem prazo de 10 dias para oferecer novos leitos. (Foto: Cleber Gellio)

Com prazo de dez dias para pôr fim à falta de vagas, a Santa Casa de Campo Grande adotou uma solução interna, batizada de “Terceiro Tempo”, enquanto espera da Prefeitura medida definitiva para desafogar o Pronto-Socorro. O prazo foi estipulado em recomendação do MPE (Ministério Público Estadual).

No “Terceiro Tempo”, pacientes com traumas leves são atendidos, avaliados, imobilizados e agendam uma data para receber o atendimento definitivo. Em seguida, são devolvidos para casa.

A intenção é que o paciente não ocupe espaço destinado à alta complexidade, que é a linha de atuação do hospital. Em geral, o retorno é agendado para fim de semana ou período noturno. Traumas leves, por exemplo, são no dedo, pulso.

“O paciente de alta complexidade ‘briga’ por atenção e espaço com o de baixa complexidade”, afirma o diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco. De acordo com ele, todos os 600 leitos deveriam ser destinados à alta complexidade.

Conforme dados do hospital, dos seis mil pacientes que dão entrada no Pronto-Socorro por mês, 23% poderiam ser atendidos nos postos de saúde.

Em janeiro, esse grupo perfazia 40%. Segundo Teslenco, a rede pública deveria ter mais resolutividade. “É uma quantidade relevante de pacientes que não precisariam ser encaminhados para cá”, salienta.

Ele exemplifica que o Cenort (Centro Ortopédico Municipal), que deveria atender os traumas leves, não funciona de forma adequada, e, por vezes, a Santa Casa não consegue encaminhar pacientes para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, conforme o previamente combinado.

Pacientes do interior também contribuem para inflar os números no Pronto-Socorro, porta de entrada do hospital. “No interior, faz investimento em ambulância e ônibus. É um gargalo de resolutividade”, define Teslenco.

A situação mais critica é no setor de ortopedia, que responde por quase metades das 2.500 cirurgias realizadas na Santa Casa por mês. O pico de atendimento tem até cenário para acontecer: dias quentes, próximo do fim de semana e perto do pagamento.

“Tem pessoa que fica 4,5,6 dia esperando. Se você tem 41 pessoas esperando e chega um trauma mais delicado, você acaba ficando com essas pessoas por um longo período”, afirma o diretor.

De acordo com Teslenco, a Prefeitura busca soluções, como fazer contratos com outros hospitais. Uma opção é o Hospital Adventista do Pênfigo. “E o Hospital Universitário se estrutura para receber ortopedia”, diz.

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