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Capital

Saúde revela que até 20% dos mortos por AVC têm menos de 60 anos

Aliny Mary Dias | 17/09/2014 10:59
Professora morreu na segunda-feira depois de sofrer AVC aos 50 anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Professora morreu na segunda-feira depois de sofrer AVC aos 50 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Mortes por AVC (Acidente Vascular Cerebral) podem até parecer incidentes exclusivos de idosos, mas os números revelam que o AVC também atinge um grande número de pessoas que fazem parte de faixas etárias inferiores a 60 anos.

O último caso que chama atenção para o problema aconteceu na segunda-feira (15), quando uma professora de 50 anos morreu depois de passar mal e sofrer um AVC enquanto fazia exercícios físicos em uma academia de Campo Grande.

De acordo com números da SES (Secretaria de Estado de Saúde), durante todo o ano passado, 490 pessoas morreram vítimas do derrame. Desse total, 20,4% tinham menos de 60 anos. Do início do ano até agora, foram 207 vítimas de AVC, 15,4% com menos de 60 anos.

Os dados revelam que no ano passado duas pessoas entre 20 e 29 anos e sete entre 30 e 39 morreram em razão do AVC. Outro número que chama a atenção é que 89 registros do derrame ocorreram em pessoas com idade de 40 a 59 anos.

Neste ano os números também trazem mortes de pessoas jovens. Até agora uma pessoa que tinha entre 20 e 29 anos morreu depois de sofrer o derrame. Também entraram nas estatísticas 12 pessoas que tinham entre 40 e 49 anos e outras 18 que perderam a vida na faixa etária de 50 a 59 anos.

O médico cardiologista e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Christiano Henrique Souza Pereira, explica que para previnir derrames ou infartos, a melhor saída é procurar um médico e fazer um check-up geral, a partir dos 35 anos.

“Essa é a idade recomendada desde que a pessoa não sinta dor. Se houver qualquer manifestação de dor, a pessoa precisa procurar imediatamente um médica e fazer exames para diminuir o risco de um AVC ou infarto”, afirma.

O médico também ressalta a importância de passar pela bateria de exames antes do início de atividades físicas. “Existem algumas doenças silenciosas que podem contribuir para o derrame, por isso é essencial que a pessoa procure um médico e vá aumentando a carga do exercício aos poucos”, explica.

Tragédia – Segundo relatos de amigos da professora Anna Rita Caixeta Costa, 50 anos, ela chegou na academia para uma aula de ginástica localizada. Depois de 10 minutos, ela parou de fazer a aula, por que estava passando mal.

O Samu encaminhou a professora para o hospital regional com a saúde estabilizada, mas ela acabou morrendo cinco horas depois. Anna nunca havia tido uma parada cardíaca e estava tendo acompanhamento médico normalmente.

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