Sem calçada e com lixo, entidade de engenheiro e arquiteto é mau exemplo
A Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campo Grande, que fica no Bairro Vilas Boas, é alvo de reclamações por parte de moradores e trabalhadores da região. O entorno da sede, que tem como endereço a Avenida Coronel Porto Carreiro, além de não ter calçada, está tomado pelo mato alto e lixo. Virou, lamentavelmete, exemplo de mau exemplo.
Basta uma volta no quarteirão para constar a reclamação. De tão descuidado, o local parece estar abandonado. A pintura velha do muro só deixa o desleixo ainda mais evidente.
Por ser uma associação de engenheiros, a falta de calçada já é motivo suficiente para uma discussão acalorada, mas esse problema se torna pequeno, quase inexistente, diante do mato alto, uma armadilha à saúde, do lixo e dos restos de podas de árvores.
A situação revolta quem mora ou passa por ali todos os dias, mas, pelo visto, os responsáveis pela associação parecem não se importar com situação, com as críticas e muito menos com as polêmicas.
“Eles deveriam cumprir a lei. Isso aí deveria estar tudo limpo”, disse o trabalhador autônomo João Inácio de Moura, de 55 anos. Ele comenta que o perigo é evidente o risco só aumenta.
Fora os insetos, um incêndio na vegetação e nos entulhos, que estão “torrando no sol”, poderia causar uma tragédia, já que a área é cercada de residencias. Para João Inácio, a situação é inadmissível. “Deveriam dar exemplo para os mais fracos verem como funciona”, afirmou.
Só se for mau exemplo porque, até agora, isso é a única coisa que a associação tem feito, dizem os moradores. Empregada doméstica em uma casa localizada nas proximidades, Marisa Fernandes da Silva, 40 anos, diz que, deste o tempo que passou a trabalhar no bairro, há 3 anos, o entorno da associação é alvo de reclamações e nada é feito.
A calçada, de fato, parece nunca ter existido, mas a situação deixou de ser aceitável quando os entulhos passaram a fazer parte da cena, já “poluída”. “Minha patroa procurou a direção, mas parece que eles falaram que o problema não era deles e, sim, da prefeitura”, contou. Para Marisa, a resposta não convenceu. “Cada um de nós devemos cuidar de nossa calçada”, concluiu.
Colega de profissão, mas funcionária de outra casa, Auxiliadora Batista da Silva, 42 anos, também reclama da situação. “Há uns 20, 25 dias atrás atearam fogo aqui à noite e, no outro dia, quando cheguei, o quintal estava cheio de coisas queimadas.
A “lixaiada”, diz ela, é um problema. Parte da Avenida Coronel Porto Carreiro, mais para o final, próximo a uma curva, alaga quando chove e o entulho deixado na “calçada” da associação, relatou, vai parar no meio da rua.
Com relação à falta de conduta exemplar por parte dos responsáveis pela Associação, mencionado por Marisa Fernandes, Auxiliadora concorda e faz um adendo: “Eles tinham que dar o exemplo porque, quando fazemos fazer uma obra, eles dizem que nós precisamos de um engenheiro”.
O Campo Grande News procurou a Associação de Engenheiros e Arquitetos, mas não conseguiu contato.
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