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Capital

Sem faixa de pedestres, pessoas se arriscam para atravessar Ministro João Arinos

Na região, há vários pontos de ônibus, mas em apenas dois locais existem faixas de pedestres

Geniffer Valeriano e Thays Schneider | 25/05/2023 16:14
Próximo de ponto de ônibus não há faixa para pedestres atravessarem. (Foto: Paulo Francis)
Próximo de ponto de ônibus não há faixa para pedestres atravessarem. (Foto: Paulo Francis)

Sem faixa de pedestres ou qualquer outro tipo de sinalização, população se arrisca para atravessar trecho da Avenida Ministro João Arinos, que fica entre a Rua Barão de Ubá e a Alameda Ipê Amarelo. Nesta semana, o Campo Grande News percorreu a avenida desde o início, na esquina com a Rua Antônio Pinto de Barros, até o pontilhão em direção ao Bairro Jardim Noroeste.

Neste trajeto, foi possível constatar que há seis pontos de ônibus, mas apenas dois deles possuem faixa para pedestres em frente ou nas suas proximidades. Sendo localizadas em frente à MS Gás, que também possui semáforo, e em frente à loja Todimo. As pessoas que trafegam pela região a pé reclamam que precisam se arriscar ou esperar mais de cinco minutos para conseguirem atravessar.

Apenas dois pontos possuem faixa para pedestre, e somente um possui semáforo próximo. (Foto: Alex Machado)
Apenas dois pontos possuem faixa para pedestre, e somente um possui semáforo próximo. (Foto: Alex Machado)

Rotineiramente, a auxiliar de cozinha Lucilene Rodrigues, de 49 anos, precisa atravessar a via, na altura do cruzamento com a Rua Barão de Ubá, para chegar até o seu serviço e contou os problemas que enfrenta devido à falta de sinalização.

“Por diversas vezes já perdi o ônibus por não conseguir atravessar. Só resolveria o problema se fizesse passarela para pedestre, nem semáforo resolveria, porque os motoristas também não respeitam. O pior dia é sexta-feira, porque está todo mundo apurado para voltar e não param de vez”, disse Lucilene.

Para a reportagem, o administrador Camilo Fernandes, de 30 anos, conta que já presenciou várias situações que quase acabaram em acidentes na região. “Os carros aqui passam em alta velocidade, as motocicletas empinando, tem ciclistas que atravessam no meio dos carros. As pessoas precisam de reeducação, porque falta educação por parte dos motoristas”, contou.

O local possui grande fluxo de adultos, jovens e crianças. (Foto: Paulo Francis)
O local possui grande fluxo de adultos, jovens e crianças. (Foto: Paulo Francis)

O trabalhador ainda diz ter presenciado acidentes na região e afirma que a única solução para o problema seria a instalação de um redutor de velocidade. “Até tem quebra-molas, mas fica distante daqui e não resolve”, enfatizou.

No início desta semana, uma jovem de 17 anos foi atropelada por uma Hilux no final de tarde em frente a este ponto. Apesar do susto, a menina teve apenas leves ferimentos.

O motorista da caminhonete, Juliano Rodrigues, de 34 anos, contou que mora em Nioaque e chegava em Campo Grande para buscar o seu sogro no Hospital do Câncer. “Vim pra Capital apenas pra isso. A menina atravessou sem olhar. O sol estava forte, tentei desviar, mas o retrovisor da caminhonete pegou nela. Eu achei que ia ser na cabeça”, disse Juliano.

Jovem foi atropelada durante horário de pico desta terça-feira (23). (Foto: Juliano Almeida)
Jovem foi atropelada durante horário de pico desta terça-feira (23). (Foto: Juliano Almeida)

A vítima estava sozinha quando tentava atravessar a avenida e foi atingida pela Hilux. O local não possui faixa de pedestres e possui um grande fluxo de veículos. Com o impacto, a jovem ficou com escoriações na região do tornozelo e também reclamava de dores no peito, por isso foi levada à UPA Universitário.

Para que os bombeiros pudessem prestar os primeiros atendimentos à vítima, parte da pista, no sentido bairro/centro, foi fechada, provocando momentânea lentidão no trânsito da região. O BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) também esteve onde aconteceu o acidente.

O Campo Grande News entrou em contato com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para falar desta situação, mas não obteve nenhuma resposta até o momento.

Colaborou Alex Machado

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