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Capital

Serviço em trechos já "reformados" causa confusão no Bairro Amambai

Bloqueio de ruas em locais onde equipes já haviam feito recapeamento gera transtornos a moradores e comerciantes.

Anahi Gurgel | 21/06/2017 14:33
Trecho da Rua Guia Lopes, onde estavam sendo realizadas obras na pavimentação, na tarde desta segunda-feira (19). Interdição prejudica comércio. (Foto: André Bittar)
Trecho da Rua Guia Lopes, onde estavam sendo realizadas obras na pavimentação, na tarde desta segunda-feira (19). Interdição prejudica comércio. (Foto: André Bittar)

As constantes interdições no trânsito para realização de obras de pavimentação asfáltica, que estão sendo realizadas pelo Exército Brasileiro no Bairro Amambai, em Campo Grande, continuam causando muitos transtornos para moradores e comerciantes da região. 

Na chuvosa tarde da última segunda-feira (19) as equipes do Exército estavam concentradas em aproximadamente 550 metros na Rua Guia Lopes, entre as avenidas Afonso Pena e Salgado Filho.

Fruto de um convênio firmado com a prefeitura da Capital, as obras tiveram início em dezembro de 2016 e estão deixando bastante confusas as pessoas que passam, trabalham ou residem no local, pois trechos que já foram reformados há cerca de dois meses estariam passando por novas intervenções. 

“Sei que esse trabalho é muito importante, porque vai melhorar o asfalto, mas atrapalha muito nosso negócio. Já haviam feito serviço no mesmo trecho, mas voltaram e, de novo, o trânsito foi fechado”, disse Eliane Alves, 45 anos, que trabalha num comércio de veículo.

Alguns metros mais abaixo da rua, clientes de uma pet shop e consultório veterinário também reclamavam da interdição. “Vim trazer meu cão que está com virose e tive que estacionar o carro 3 quadras daqui. Ele é filhote, está debilitado e ainda tomou chuva”, se queixou a acadêmica de arquitetura Maria Luíza Silvestrini, 24.

“Eu sabia dessas obras do exército, mas imaginei que já haviam sido concluídas nesse trecho. Por que voltaram?”, questionou Kaick Lucas Tiotônio, 23, acadêmico de odontologia.

Maria Luíza levou filhote doente ao pet shop na tarde desta segunda-feira (19). Devido a bloqueios no trânsito, teve que estacionar 3 quadras distante. (Foto: André Bittar)
Maria Luíza levou filhote doente ao pet shop na tarde desta segunda-feira (19). Devido a bloqueios no trânsito, teve que estacionar 3 quadras distante. (Foto: André Bittar)

O proprietário da pet shop afirma que a redução da clientela chega a 95% quando o trânsito fica bloqueado.

"Fica tudo parado. Eles trancam os acessos e só liberam quando finalizamos o expediente. O prejuízo está sendo enorme”, ressalta Leandro Menezes, 25.

O trânsito também foi motivo de queixa de Fernanda Oliveira, 27 anos, que mora entre a Rua 26 de Agosto e a Coronel Camisão. "Nas vias por onde o fluxo está sendo desviado os motoristas ficam perdidos. Tem momentos do dia que vira um caos, com risco de acidente".

Confira no vídeo os trabalhos realizados pelo Exército na Rua Guia Lopes, na tarde da segunda-feira (19).

Por meio da assessoria de imprensa, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que faz toda a sinalização necessária para orientar os motoristas em relação às interdições e desvios que serão necessários ser tomados, e que constantemente comunica sobre as intervenções por meio do site da prefeitura.

Até o fechamento desse texto, o Campo Grande News não recebeu retorno do Exército Brasileiro sobre o balanço das obras e detalhamento da atual etapa. 

Requalificação asfáltica – O convênio entre prefeitura e o Exército Brasileiro para execução dos trabalhos de requalificação de quatro importantes vias da Capital foi firmado em agosto de 2016, com previsão de término em 25 meses e custo de R$ 24 milhões.

O serviços contemplam 12 quilômetros de vias que integrarão o futuro corredor sudoeste do transporte coletivo, distribuídos entre as avenidas Marechal Deodoro (5 km) e Bandeirantes (4 km) e as ruas Guia Lopes (600 metros) e Brilhante (3 km).

A primeira etapa consiste em fresagem, demolição de canteiros e meio-fio, e escavação de vala de drenagem; na fase dois, serão realizados assentamento de tubos, dispositivo de drenagem, fechamento de valas e infraestrutura semafórica; na fase 3, acontecem recapeamento e pavimento flexível novo; na quarta etapa, serão feitos pavimento rígido e meio-fio; e, por fim, acessibilidade e proteção vegetal.

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