Servidor é exonerado quatro anos após acidente que matou pescador
Ato publicado no Diário Oficial retira Nivaldo Thiago Filho de Souza de cargo comissionado na Casa Civil
Quatro anos após se envolver em acidente de lancha que resultou na morte de Carlos Américo Duarte, no Rio Aquidauana, o governo de Mato Grosso do Sul exonerou Nivaldo Thiago Filho de Souza, genro da deputada estadual Mara Caseiro, do cargo comissionado que ocupava na Secretaria de Estado da Casa Civil.
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A exoneração foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial e assinada pelo secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez Ramos. Nivaldo exercia a função de assessor especial I (símbolo CCA-02) e poderá ser reconduzido ao cargo efetivo, caso tenha vínculo.
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O desligamento passou a valer em 24 de novembro e não foi a pedido. No Portal da Transparência, sua última remuneração bruta consta como R$ 30.758,14. À época do acidente, ele chegou a ser afastado, mas depois retornou à administração pública.
Nivaldo responde a processo criminal pelo acidente ocorrido em 1º de maio de 2021, na região do Touro Morto, em Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande. Segundo denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), ele pilotava a lancha “Mamba Negra” após ingerir bebida alcoólica e sem habilitação quando bateu na embarcação “Beira Rio II”, que vinha no sentido contrário.
No impacto, Carlos Américo Duarte morreu e Rosivaldo Barboza de Lima e Caê Duarte ficaram feridos. O MPMS afirma que Nivaldo deixou o local sem prestar socorro e se recusou a fazer o teste do etilômetro ao ser abordado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A denúncia sustenta que ele assumiu o risco ao pilotar acima da velocidade permitida, sem habilitação e depois de consumir álcool. O caso se baseia em boletins de ocorrência, laudos periciais, documentos da Marinha do Brasil e depoimentos das vítimas e testemunhas.
O MP denunciou Nivaldo por homicídio simples e duas tentativas de homicídio, em concurso formal. O processo segue em andamento. Em 18 de setembro deste ano, a juíza Kelly Gaspar Dutra, da Vara Criminal de Aquidauana, decidiu levar o caso a júri popular, ainda sem data marcada. Na defesa apresentada, Nivaldo negou que estivesse em alta velocidade e afirmou que chegou a entrar na água para tentar ajudar antes de deixar o local com a família.
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