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Capital

Sesau terá força-tarefa de 2 semanas nas Moreninhas para combater dengue

Flávia Lima | 18/03/2015 07:40
Agentes fazem varredura em casas abandonadas. (Foto:Divulgação)
Agentes fazem varredura em casas abandonadas. (Foto:Divulgação)

Nas próximas duas semanas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) estará mobilizando uma força-tarefa com 136 agentes de saúde para atuar em ações de prevenção a dengue nas Moreninhas, um dos bairros que apontou um dos maiores índices de infestação do mosquito transmissor da dengue, segundo dados do último Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti). Na sequência, o trabalho será feito nos bairros Jardim Itamaracá e Maria Aparecida Pedrossian. Os agentes estão visitando todos os domicílios recolhendo material que possa servir de recipiente de água (garrafas pets, vasos) e orientando os moradores. Outra frente de serviço – o recolhimento de lixo e entulho - é desenvolvida com cinco caminhões e uma máquina retro-escadeira.

Só nas Moreninhas foram identificados 20 focos de proliferação do Aedes (14 na Cidade Morena e 6 nas Moreninhas). As Moreninhas registraram 5% de infestação, enquanto o Maria Aparecida e o Jardim Itamaracá, registraram 4,3% , índice bem superior a média da cidade, que ficou em 1,9%. O Ministério da Saúde recomenda que em cada grupo de 100 casas, menos de 1% registrem focos do mosquito.

Um grupo de agentes de apoio iniciou uma varredura em todas as casas e terrenos na Rua Alto da Serra, que fica na divisa da Vila Cidade Morena com a Moreninha I. É um local especialmente crítico porque há casas abandonadas dos moradores que foram reassentados no Residencial José Macksoud. Tem muito lixo acumulado em meios aos entulhos e nos quintais da população remanescente. Há muito material onde se acumula água, ambiente adequado a proliferação do mosquito. Uma das casas visitadas foi a do aposentado Edemar D’avila que autorizou a entrada dos agentes de saúde comandadas pelo supervisor de área Vanderson da Silva. Em menos de 20 minutos de trabalho, as agentes recolheram quatro sacos de lixo.

Segundo o coordenador de vetores do Centro de Controle de Zoonozes, Alcides Ferreira, os agentes estarão trabalhando de forma intensificada em todos os quarteirões onde foram encontrados focos que serão vistoriados pelos agentes de forma a eliminar os criadouros, com tratamento com larvicida onde for necessário. Ele alerta ainda sobre o risco de epidemia para 2015, cogitado pelo Ministério da Saúde. “O mais alarmante é que cerca de 80% dos focos são encontrados em residências, por isso pedimos a colaboração de toda a população para eliminar esses focos”, finaliza Alcides.

A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde Pública, Márcia Dal Fabbro, reforça a importância do envolvimento de todas as esferas da sociedade no combate ao mosquito. “Agora temos o Chikungunya, um novo vírus que pode causar problemas crônicos de saúde e que também é transmitido pelo Aedes aegypti”, finaliza.

Em 2013, quando o município enfrentou epidemia de dengue, foram 44.657 casos notificados e 12 óbitos. Já em 2014, Campo Grande ficou fora do risco de epidemia, com 4.031 casos notificados e nenhum óbito. Já em relação à febre Chikungunya, foram 61 casos notificados desde setembro de 2014 até agora, sendo que apenas um paciente foi confirmado com o vírus.

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